A segunda ediçom de deseucaliptizaçom simultânea da Galiza e a marcha contra as celulosas terám lugar este mês de junho.

O modelo desarrolhista espanhol é incompatível com os interesses da Galiza polo que o movimento popular reage contra ele umha vez mais. Neste caso é contra as duas caras de umha mesma moeda: a indústria papeleira por um lado, e o modelo florestal que a abastece por outro.

Os efeitos deste modelo florestal dependente da indústria papeleira som bem conhecidos: erosom do solo, lumes florestais, perda de biodiversidade, deslocamento das espécies autóctones, seca das reservas hídricas, efeitos todos eles que agravam as consequências da mudança climática. Pola sua vez, a indústria da pasta de papel segue a poluir a ria de Ponte Vedra, o que supujo um sério enfraquecimento do sector pesqueiro e aquícola, e umha ameaça para a saúde da populaçom de toda a ria.

Ante a desídia e o desleixo das administraçons o movimento popular nom fica de braços cruzados e passa à açom.

II ediçom de deseucaliptizaçom simultânea

A rede em defesa do bosque galego autóctone, Cousa de Raices, chama a participar da II ediçom da deseucaliptizaçom simultânea da Galiza, durante a que se realizarám um total de 15 açons de eliminaçom de espécies florestais exóticas invasoras, nomeadamente, de eucaliptos, acácias e mimosas. Durante a primeira ediçom, feita entre os dias 21 e 23 de março, onde participarom 360 pessoas voluntárias, já forom eliminadas mais de 205 mil pés de eucaliptos e acácias.

À convocatória de Cousa de Raices respostarom numerosas entidades que som as que coordenam as jornadas de trabalho: ADEGA, Couto da Eirexiña, As Brigadas deseucaliptizadoras, Verdegaia, Montescola, A Rente do Chan-Pladever, Arlequín (MonTeis), Voces polo litoral de Teis, APDR, Bétula, Amigos da Terra, Asociaçom Vergasta, Boca do Sapo, Fundaçom Eira; os coletivos vizinhais de Lentille, Tirán, o Movemento vizinhal Fousas ao Monte; e as comunidades de montes vizinhais em mao comúm de Tourón (Melón), O Fieitoso (Rianjo), Teis (Vigo), Lourizám (Ponte Vedra),  Frojám (Lousame) e Rebordelo (Cercedo-Cotobade).

A primeira das jornadas de trabalho desta segunda ediçom já teve lugar o passado sábado, dia 1 junho no monte de Fornelos de Monfero, e as próximas estám previstas para os dias 5, 7, 8 e 9 de junho em açons repartidas polas quatro províncias e rematará no monte da Guia, em Vigo, o dia 15 de junho.

Para mais informaçom e para anotar-se como voluntárias nas açons deseucaliptizadoras, pode consultar-se a seguinte tabela ou o mapa das jornadas de trabalho organizadas.

As atuaçons consistirám principalmente na eliminaçom de tocons e rebrotes de eucaliptos e acácias que abrolham despois dos lumes. Também se realizarám trabalhos em lugares com presença de hábitats naturais prioritários, como som os casos das Fragas do Eume e o monte de Frojám, en Lousame. Noutros casos, as açons completaram-se com reflorestamento de espécies autóctones.

Marcha contra ENCE

Como vem acontecendo nos últimos anos, a Associaçom pola Defesa da Ria (APDR) convoca umha nova marcha contra a celulosa o vindouro dia 16 e junho e que sairá simultaneamente desde as alamedas de Ponte Vedra e de Marim. Com esta marcha, APDR quere visibilizar a oposiçom a ENCE e a um tipo de indústria que além de contaminar a ria, alimenta o monocultivo do eucalipto.

APDR também fez público um manifesto em defesa da ria e dos setores produtivos ao que se podem aderir todas aquelas entidades que o considerem. Neste manifesto exige-se, entre outras reclamaçons, que se anule a prórroga concedida ilegalmente no ano 2016 a ENCE e se obrigue à empresa a devolver a zona ocupada com fim de recuperar a ria para que esta seja novamente o motor da economia da comarca.