Nom se detém a solidariedade galega contra a ocupaçom sionista, que nestas semanas comove o mundo. Após celebrar-se umha importante mobilizaçom nacional em Compostela há quinze dias, e sucessivos actos locais que mostrárom a importante adesom do nosso país à Palestina ocupada, umha nova iniciativa nasce do movimento popular galego: activistas do Baixo Minho chamam a unir de maos dadas Goiám e Vila Nova da Cerveira.

A ponte internacional que une as duas beiras da velha Gallaecia será o lugar de celebraçom dum importante e original acto galego-português e solidário: a partir das 12 (hora galega) voluntárias de umha e outra ribeira minhota unirám as suas maos para pôr um outro grau de areia contra o genocídio em Galiza. As e os convocantes chamam a ondear nessa data bandeiras palestinianas.

Galiza Livre puido falar com Álvaro Lamas, membro do CS Fuscalho da Guarda e do colectivo Mar de Lumes, para conhecer mais detalhes da proposta popular. “Juntamo-nos um grupo de pessoas internacionalistas de filiaçons diversas, e que partilhamos participaçom no CS O Fuscalho. Pensamos que havia algo que fazer ante este genocídio, que é aberto e retransmitido ao mundo”. Lamas assinala que o genocídio sionista nom pode entender-se sem umha certa orde internacional: “o que chamam occidente, que dumha maneira destacada som os USA, os governos da UE, Japom e Austrália, estám de maneira declarada do lado dos ocupantes.” Ante a gravidade da situaçom, acrescenta Álvaro, “pensamos que temos que tomar a iniciativa.”

Galiza e Baixo Minho solidários

O militante do Fuscalho pom em destaque a achega solidária galega: “quereria lembrar que levamos mais de 70 mobilizaçons no nosso território, o nosso povo sabe reconhecer as causas justas.” Também o Baixo Minho tem feito a sua achega a esta vaga de alento com a causa palestiniana: “temos feito concentraçons na Guarda, e a resposta está a ser boa, mesmo apesar do mau tempo que estamos a ter, que nom chama à mobilizaçom precisamente.” Álvaro acrescenta aliás que a propaganda pro-ocupante, que domina na mídia espanhola e occidental, tem uns efeitos limitados: “a verdade é que se percebe simpatia. A gente que passa polos lugares onde nos concentramos detém-se e pergunta, ou fica a escuitar o que dizemos; também mostram interesse pola listagem de empresas sionistas que chamamos a boicotar.”

Expectativas

Álvaro comenta ao nosso portal que é fundamentalmente o activismo galego o que desenhou o acto, “mas fazendo-o extensivo ao internacionalismo português. Levamos em conta que nesse mesmo dia há umha manifestaçom nacional pola Palestina em Lisboa, mas a distáncia da raia é grande, e esperamos que nom nos reste.” Por outra parte, os movimentos populares galegos interessárom-se na inciativa minhota: “tenhem-nos pedido informaçom sobre o acto de muitos pontos do país. Nom temos umha estimaçom exacta dos resultados que conseguiremos; precisariam-se 300 pessoas para cruzar toda a ponte, nom sabemos se o imos conseguir, mas em qualquer caso a acolhida da nossa proposta está a ser realmente positiva.”