Hoje soubemos que a Galiza comprometida com a defesa das liberdades sairá à rua a denunciar um enorme atropelo democrático: o juízo a 12 independentistas detidas na Operaçom Jaro, a enfrentarem a ameaça de 102 anos de prisom, multas e penas inabilitadoras. No 18 de outubro, num dia antes do juízo que começa em Espanha, umha manifestaçom sairá da Alameda compostelana para amossar a sua solidariedade com os encausados, e para exigir o livre direito à participaçom política de Causa Galiza e Ceivar.

Iniciativas diversas

Na rede, sucedem-se as mostras de apoio às independentistas processadas pola Audiência Nacional, e algumhas delas chegam de países da nossa contorna, como País Basco ou Catalunha. Também organismos em defesa dos direitos humanos como Esculca, estám a fazer umha leitura crítica do processo do ponto de vista do procedimento judicial. Para o colectivo, ao longo de cinco anos de instruçom, a causa aberta contra pessoas e organizaçons acumula tal grau de irregularidades que se pode falar de ‘vulneraçom de direitos.’

No ámbito antirrepressivo, ex-presas e presos políticos galegos de várias tendências venhem de publicar nas redes um manifesto em defesa da solidariedade com as pessoas privadas de liberdade. Os e as militantes, que no seu dia acabárom em prisom polo seu ideário arredista, comunista, antifascista, anarquista ou antimilitarista, chamam a atençom sobre o facto de Audiência Nacional criminalizar actividades como o recebimento de presas ou a participaçom em actividades de denúncia da dispersom. As e os assinantes declaram ‘nós que estivemos presos pola nossa luita política, que fomos na nossa época os beneficiários dessa solidariedade que o Fiscal quer criminalizar e encarcerar, nom podemos ficar calados. Conhecemos bem o importante que é a solidariedade da rua quando o Estado te encerra. As cartas, as visitas, o apoio político e social, as manifestaçons na rua e as marchas aos cárceres, a voz que nos emprestárom para que pudéssemos levar ao povo as nossas opinions e inquedanças.’

Da mesma maneira, o organismo anti-repressivo Ceivar pujo em andamento umha campanha de auto-inculpaçons, com o objecto de que todas as pessoas que tenhem assistido ao recebimento dum preso ou presa reconheçam orgulhosamente este facto, um facto que até o do momento a justiça espanhola nom se atrevera a penar na Galiza.

Na rua

Agora, cinco e três anos depois, respectivamente, das rusgas que tentárom desactivar as actividades de Causa Galiza e Ceivar, lançando umha mensagem ameaçadora a todo o independentismo, a reivindicaçom volta às ruas com especial intensidade. Mais de dez assembleias abertas pugérom-se em andamento em cidades e vilas do país, e serám elas as responsabilizadas por dinamizar umha campanha solidária que culminará em Compostela no domingo 18 de outubro.