A polícia política nom abandona as suas práticas irregulares, por utilizarmos umha expressom eufemística. Segundo puido conhecer este portal, um jovem activista da cidade de Lugo, P.S.C., de 22 anos, foi abordado há umhas semanas quando se dirigia ao seu domicílio por um desconhecido, que o encarou dizendo ser “representante do Estado.” P.S.C. milita no CS Mádia Leva e participa também do Processo Trevinca lançado por Causa Galiza.

Ante a surpresa inicial do moço, a pessoa tentou iniciar conversa sobre a implicaçom de P.S.C. no Centro Social Mádia Leva; a continuaçom, afirmou que “se ele quiger, poderiam ajudá-lo”. Trás a tentativa de curtar a conversa, dando-se a volta e dizendo que nom queria falar de nada, o desconhecido seguiu insistindo por volta de supostos benefícios que teria a colaboraçom. A firmeza de P.S.C., que se mostrou contundente na sua determinaçom de nom seguir falando, levou ao anónimo a desistir.

Velha e suja prática

Em maio de 2018, e segundo recolhemos também neste portal, um membro da Mesa Nacional de BRIGA foi abordado em Compostela pola polícia política e sofreu um cacheio na rua sem motivo aparente; acompanhado por um amigo que sofreu o mesmo trato, perdeu parte do material informático e pessoal que levava consigo, pois a parelha de agentes roubou-lho sem aduzir razom nenhuma.

Há justo umha década, um trabalho de pesquisa do jornal Novas da Galiza dava conta de distintas tentativas de infiltraçom em organizaçons arredistas; apontavam a moças e moços e, de nom conseguir o efeito primeiro -colaboraçom com a espionagem em troca de dinheiro- alimentavam umha sensaçom de impunidade e insegurança nos meios militantes. Ameaçando os jovens com ‘rematarem em prisom’ e cientes da precariedade laboral da mocidade, a combinaçom de pau e cenoura procurava ter observadores do independentismo em postos de privilégio. “Queremos que actues como um termómetro do movimento”, reconhecia ter escuitado há anos um moço viguês por parte de dous agentes sem identificar. Em algum outro caso, os representantes do Estado, com a tapadeira dumha empresa de estudos sociológicos, ofereciam mesmo um modesto soldo em troca de “criar um blogue que alimentasse as polémicas dentro do independentismo.”

Baleiro legal

O vazio legal no que se movem os esgotos do Estado permitem práticas impunes como estas, que na realidade constituem outra forma de debilitar alternativas políticas polo uso da espionagem, a controvérsia falsa, e a sensaçom de insegurança. O organismo Ceivar, que adoito fai frente a este tipo de casos, tem publicado um manual sobre como enfrentá-los, deixando claro que o primeiro passo é sempre a denúncia.