O número 182 do jornal mensal ‘Novas da Galiza’, correspondente ao mês de outubro, está a chegar nestes dias às casas das suas assinantes. Nesta ocasiom, o foco principal do jornal está colocado nas recentes mobilizaçons durante a Greve Global polo Clima do passado 27 de setembro. Assim, as jornalistas do ‘Novas’ recolhem vozes de organizaçons como Fridays for Future ou Extinction Rebellion e a sua interaçom com o ecologismo. Também, dá cabida a umha série de vozes do ámbito do decrescimento que exponhem as suas achegas à luita contra a atual emergência climática.

Esta ampla reportagem sobre as mobilizaçons polo clima assinam-no Maria Rodinho e Aarón L. Rivas. Na primeira parte, expom-se como foi conformando-se na Galiza um movimento com dinámicas próprias, em que confluem os novos movimentos de caráter global e as organizaçons ecologistas, que se situam numha posiçom de acompanhamento e de cessom do liderado à gente nova. Umha confluência que daria no manifesto do Movimento Galego polo Clima. Em palavras de Ángel López, membro de Adega, as entidades ecologistas devem “ter a capacidade de transmitir e achegar aquelas problemáticas ambientais com as que se levam lutando e trabalhando anos; saber transmitir esta herança e ajudar a encher estas novas propostas de participaçom de conteúdo político e ativista”.

A segunda parte da reportagem centra-se nas consequência do cámbios climático no nosso país. Entre as vozes que se recolhem aponta-se o caráter de classe que terám estes efeitos: “Serám precisamente os setores produtivos mais modestos e as economias mais humildes as mais afetadas”, expóm Maria Castelo, ecofeminista e integrante da associaçom Véspera de Nada. Por outro lado, o investigador Antón Salgado assinala as mudanças que se experimentaram nos mares nos últimos anos e alerta da previsível acidificaçom das águas como consequência dos gases de efeito estufa. Mais alertas: Iñaki Varela, de Verdegaia, afirma que ainda que se frenassem agora as emisons de CO2, as inércias climáticas já criadas farám com que a temperatura continue a crescer.

Na última parte recolhem-se algumhas das propostas dos diversos movimentos consultados, prestando especial atençom a várias vozes do decrescentismo. “A transiçom energética traz consigo umha mudança de modelo económico e social, porque as grandes transformaçons nos dous últimos séculos fôrom possívies graças a essa grande disponibilidade de energia procedente dos combustíves fósseis”, reflete Begonha de Bernardo, engenheira agrónoma e integrante também de Véspera de Nada.

Entrevista a Paulo Carril e viagem a Exarcheia

Entre as reportagens centrais, dedicam-se três páginas a umha entrevista realizada por Aarón L. Rivas a Paulo Carril, secretário geral da CIG, com o título de “A situaçom de emergência nacional e social exige de muita mobilizaçom”. Nesta conversa, da que o texto reproduzido é apenas umha parte, Carril expóm a dureza das dificuldades às que se enfrenta a classe trabalhadora galega e os reptos que isto supóm para o sindicalismo. Carril também expóm a visom do sindicato nacionalista arredor da descarbonizaçom -a entrevista realizou-se antes do anúncio de feche da central das Pontes-: “o que nom pode haver é um processo acelerado que aprofunda a desindustrializaçom do nosso país”.

Na seçom A Terra Treme, onde som recolhidos os conteúdos internacionais, publica-se um texto de Eloy Miranda arredor do bairro de Exarcheia, na Grécia, o qual o novo governo de direitas ordenou “limpar”. Em agosto a polícia grega assaltava vários centros sociais okupados e autogeridos. Miranda, quem participou de projetos sociais no tempo que morou na Grécia, expóm a história de Exarcheia, a sua importância simbólica na defesa da democracia e também as razons para defender a continuidade dos projetos autogeridos deste bairro, muitos dos quais dám sustento às pessoas refugiadas: “Depois de terem passado meses nas ruas de Atenas, alguns deles fôrom acolhidos nas okupas tendo-se integrado na comunidade, conseguido trabalhos e um local onde viver fora da rua com a dignidade que sempre vem associada, gratuito. Isto tudo punha em causa à UE, umha vez que se prejulgava que o que deviam era pagar a um proprietário”, expóm Miranda.

De volta para o Maciço Central

O conteúdo central do Bom Viver deste número é umha nova viagem ao Maciço Central da mao de Xavier Sánchez Paços. Desta vez imos na procura de Chaguaçoso, umha aldeia de Vilarinho de Conso que se encontra a 1290 metros de altitude e está situada no coraçom da morena -umha sedimentaçom ocasionada pola atividade glaciar- melhor conservada do nosso país. Procurando esta aldeia, Sánchez Paços realiza também umha introduçom ao glaciarismo e como este conformou alguns dos lugares dos vales do Maciço Central.