Os beiristas dam vergonha alheia. Porém, cumpre tirarmos liçons para o soberanismo. A sua subordinaçom colonialista à esquerda espanholista levou-nos ao beco sem saída em que se encontram. Anova é o cadáver político dessa subordinaçom. Mas o patético é ver como nom possuem auto-reflexividade, nom fam autocrítica nem apreendem a liçom. Pola contra, continuam, como cadelos arrastados sem dignidade, suplicando-lhe à esquerda espanholista que lhes dê um postinho ainda que for para lhe varrer o chao à casa do colonizador.

Esta falha de dignidade nom os vai levar mui longe, porque os colonizadores jamais respeitárom a quem se lhes ajoelhou e lhes implorou. De facto, agora que o ciclo do beirismo fechou e eles se desgastárom políticamente, enxerga-se mui claramente a ingratitude do colonizador. Depois de usar-te, explorar-te e tirar todos os benefícios dessa relaçom de subordinaçom colonial, agora que vas velho e nom lhe serves, bota-te da sua casa como se fosses um saco de lixo e deixa-te na rua à intempérie.

Lembremos que a esquerda espanholista tem presença em Galiza graças a ter-se fagocitado com o prestígio de Beiras e, no canto de agradecer-lho, agora humilha-o e deixa órfaos os seus. Porém, pola vez de os beiristas com Beiras denunciarem a esquerda espanholista e tomar um digno caminho soberanista, andam-lhe a esmolar ao colonizador. Que opróbio quando o complexo de inferioridade do colonizado provoca que perdam assim a dignidade e, em lugar de realizar umha ruptura radical com a esquerda espanholista, lhe andem a suplicar que os incluam nas suas listagens.

Por outra banda, velaí os beiristas sem Beiras, encabeçados por Villares, En Marea. Após serem aldrajados polos podemistas, acabam de rogar-lhe de joelhos ao partido espanholista de Errejón que lhes deixem entrar nas suas coaligaçons. Esta gente nom tira liçons destas experiências.

Somente o caminho soberanista te dignifica e para isso cumpre-che organizar-te com umha agenda autônoma galega centrada nos interesses de Galiza e nom nos de Madrid. Os soberanistas temos que aprender destas liçons e ver a ingratitude e o egoísmo do colonizador que te usa, que te fagocita e te abandona quando já nom lhe vales. Esta liçom temo-la que interiorizar para nom repeti-la. Seguir a dar o espectáculo de postrar-se depois de todo o que aconteceu realmente é a atitude do escravo que deseja seguir sendo escravo. Cumpre descolonizarmo-nos destas condutas e mentalidades colonialistas e indignas. O complexo de inferioridade do colonizado cega-os e nom vem que a sua libertaçom passa por rachar radicalmente com o colonizador de direita e com o colonizador de esquerda. Desgraçadamente, jamais o ham dar feito porque a sua mentalidade fai-lhes acreditar em que nom podem sobreviver sem a esquerda espanholista. Quer dizer, nunca se dérom descolonizado.