Segundo informam diferentes médios comerciais espanhóis, na localidade sueca de Eskilstuna, umha pequena cidade de cem mil habitantes situada perto da capital do país, entrará em vigor umha normativa que obrigará as pessoas que pedem esmola na rua a solicitar licença através de internet ou acudindo à esquadra da polícia. A nova ordenança também estabelece o pago de umha taxa de 250 coronas para obtê-la. A finalidade desta medida é, segundo o próprio concelho, rematar com a prática dos esmolantes.

Esta medida, a mais de ser absurda e ruim por intentar arrecadar dinheiro de pessoas que carecem do mais preciso para a sua subsistência, amossa o desvario ao que se chegou nas democracias europeias para intentar regularizar e controlar qualquer atividade económica.

Há que lembrar que foi também em Suécia onde xurdiu outra iniciativa semelhante à já referida. Trata-se da ideia de eliminar o dinheiro em metálico. Além de involucrar a umha entidade financeira em qualquer operaçom econômica (da qual obviamente extrairia um lucro que provocaria um aumento notável do seu poder), esta medida suporia a monitorizaçom absoluta dos indivíduos e a perda total de liberdade.

As socialdemocracias nórdicas como exemplo

Quando numha conversa aparece algumha referência òs países nórdicos, qualquer que for, acostuma a fazer-se umha pausa para afagar a sociedade do bem-estar, a qualidade de vida que desfruta a sua populaçom ou o civismo existente nestes países. Estas vantagens som normalmente atribuídas ò seu forte sistema fiscal, que permite manter uns extensos serviços sociais. Deste jeito, para gram parte da esquerda dos países do Sul da Europa, como é o caso da espanhola ou da galega, é o máximo ao que se pode aspirar. A socialdemocracia é o máximo que podemos esperar da política, pois querer ir mais longe é ser um romântico.

Mas como se entende que num sistema tam idílico como as socialdemocracias nórdicas existam esmolantes ou essa ansiedade por controlar a populaçom? Os intentos de monitorizar toda a atividade dos seus habitantes som assustadores e achega-nos a um futuro distópico onde nom poderemos fazer nada sem que o sistema o controle.

Na realidade todo o anterior nom surpreende, porquanto a socialdemocracia nom é um sistema político emancipador. Nom deixa de ser umha forma de gestom do capitalismo. A sua funçom é gerir umha parte da mais-valia obtida durante a exploraçom laboral e destiná-la a ajudas sociais. Nom passa de ser umha redistribuiçom da riqueza gerada. Estas medidas “re-distributivas” mesmo adoçam o sistema e aliviam tensons que poderiam fazê-lo perigar.

A verdadeira alternativa está nas relaçons de produçom, é dizer, quem é o proprietário dos médios, que relaçom há entre a propriedade e as trabalhadoras, e qual é o objetivo da produçom: se para satisfizer as necessidades da gente ou para criar riqueza para os seus proprietários.