“Sem mais, passamos a reproduzir o comunicado do organismo popular anti-repressivo ceivar e disponibilizamos o video realizado por GalizaContrainfo, o único meio de informaçom que nom presta serviço ao Estado fazendo de altofalante do estado dos presentes durante o registo do local ( CRTVG, Faro de Vigo, agências, LaVoz, etc.. )”

Assim se expressavam as sócias e sócios do CS A Revolta de Vigo em 2011 quando as forças de ocupaçom espanholas entraram no CS a golpe de operaçom anti-terrorista com um independentista detido (Roberto Fialhega “Teto”), e de onde levam depois de 2 horas de registo e protestos a 50 metros do local mais de 2200 euros, material didático, político, histórico, computadores, discos duros e perrucas (!?!?). Este último dado é dos que o servilismo jornalistico dá com maior complacência, e dos que a Guardia Civil serve em bandeja.

No 2011 @s companheir@s do CS Aguilhoar olhavam em El Correo Gallego a palavra radical ou radicais para a definiçom do seu CS por 5 vezes, quando na mesma nova olhavam Asociaçom Cultural umha única vez. Toda umha declaraçom de intençons de Gloria Lago, onde se misturava trabalho político e cultural com Resistência Galega e os GRAPO.

Bom, o comportamento mediático-institucional desde 2011 nom mudou para nada no fundo, incluso vivemos a aceleraçom e salto qualitativo histórico da repressom de Estado com operaçons da AN espanhola contra organizaçons política e anti-repressiva ( Causa Galiza 2015 e Ceivar 2017 ), e @s esbirr@s da lei e da patranha cumpriram o seu papel de maneira mais que exemplar. Hoje (há uns dias), La Voz de Galicia vem a dar umha volta de porca mais, e o boleto tinha-o a Sociedade Cultural Deportiva do Condado e o Festival da Poesia de Salvaterra de Minho. Olho ao que se pode ler na Voz o passado 13 deste mes: “O PP maneja informaçom que indica que o evento inclui, no apartado de postos de venda ambulante, mesas que defendem a causa radical na Galiza, personalizada em organizaçons como Resistência Galega e Máis Galicia “.

Quem dá mais?. La Voz é vanguarda nos últimos tempos em ser altofalante dos corpos repressivos e da classe política sipaia de Espanha, e a volta de porca nom consiste nesta nojenta nova escrita para atacar-se entre os partidos que convivem no regime e as suas instituiçons, á SCDC e ao independentismo, consiste em começar a falar de apologia do independentismo na Galiza, da suposta apologia do independentismo.

Na Galiza nom “está” Vox nem Ciudadanos, nom tenhem votos, nem estrutura, nem som os que ditam as novas para os jornais, aqui é o PP quem marca os tempos do Estado em questons deste tipo, é quem nos translada à realidade da vanguarda reacionária da democracia neofranquista espanhola. Os companheiros e companheira da Jaro desde a política independentista seica figeram apologia da Resistência Galega que na AN espanhola e GC diz que existe. Agora a SCDC que segue com o seu trabalho de construçom nacional e por um futuro de Soberania para o nosso País é sinalada por fazer apologia do independentismo, como é?. Se na Galiza já começamos a denunciar a falta de liberdades e direitos há já tempo, agora chega-nos de volta a última ” moda ” do Estado, a apologia do independentismo como suposto….. delito?.

A Sociedade Cultural Deportiva do Condado (SCDC)

Dizer 46 anos de resistência cultural e fácil, muito fácil, mas botar 46 anos de atividade cultural e política com umha linha como a da SCDC é mais que meritório, é patriótico. Como eles/as dizem, em tempos onde os quartos nom apareciam por nenhuma parte tiveram que acha-los com magim e compromisso. Foram reconhecid@s em 1976 como a 2ª asociaçom na Galiza em numero de atos em 1975. Desporto, cinema, literatura, política, etc…esse é o trabalho que enganchou á SCDC com Salvaterra e a sua comarca. No 1981 chegou o primeiro Festival da Poesia, algo que sem sabê-lo havia marcar até hoje umha cita nos nossos calendários do verao político nacional. Nom chegaria toda umha folha para nomear a tod@s que por ali passaram, mas entre poesia e música imos citar José Afonso, Fausto, Fuxan os Ventos, Milladoiro, Neira Vilas, Manuel María, Mª do Carme Kruckenberg ou Viale Moutinho entre outr@s muit@s.

As instalaçons onde se leva a cabo o evento nom podem ser melhores, o nosso Minho que vai aonosso par, as covas da Dona Urraca, a fortaleza onde se montam todos os postos de coletivos, organizaçons, movimentos, ou o que for necessario. Aí nom existe censura, discriminaçom ou amiguismo, tod@s temos sitio. Falar ou pensar no Festival da Poesia leva-nos a umha manhá soalheira em Salvaterra com algumha tarefa por cumprir (ou nom) e a um ambiente de fraternidade e de construçom nacional.

Falar da SCDC hoje também traz consigo umha lembrança para um dos luitadores pioneiros da SCDC e do MLNG, traz a lembrança para Manolo Soto “O Rata”, que nos deixou em 2011.

Como dizíamos antes, @s companheir@s do Condado começárom sem nada em 1973 e elas/es mesm@s diziam: ” Nasce a Sociedade Cultural e Deportiva do Condado em 1973, ainda que os seus estatutos nom estariam legalizados ate 1974. Os tempos nom som doados e todo o que signifique defensa e espalhamento da nossa cultura é etiquetado de ” roxo ” e a perseguiçom e o controlo fam-se abafantes “. Bom, som palavras de 1973 (ainda nom morrera o ditador genocida) que nos trasladam ao 2019, que nos traem a La Voz de Galicia de há uns dias: sodes uns/has apologetas do independentismo, andade-vos com olho. Incrível?nom, certo como a vida mesma.

“Os capitalistas chamam liberdade de imprensa à liberdade dos ricos para subornarem à imprensa, à liberdade de utilizar a riqueza para falsificar e fabricar a chamada opiniom pública “. Assi falava Lenine nas suas Teses e relatório sobre a democracia burguesa e a ditadura do proletariado. Hoje a imprensa lacaia do capital e de Espanha ficou mais que subornada, ficou como a voz do seu amo que gostosa entrega às massas o A B C da Polícia espanhola ou da Guardia Civil, muit@s pagariam por escrever sobre as montagens e circos que se inventam sobre nós. Tod@s tenhem nomes e apelidos, caras, filh@s e familiares, domicilios, mas o que nom tenhem é sentido dumha profissom e vergonha.

Levamos muitos anos de resistência e já um ataque mais nom vai ter sentido repressivo nem coercitivo, ainda que venha acompanhado com outra operaçom anti-terrorista contra o independentismo galego, como a realizada este fim de semana com o nome de Lusista. Ainda que com outro nome e outras características, é continuaçom da Jaro, JaroII, Castinheiras, Cacharrom, e outras sem nome. Saimos á rua, encheremos os nossos CS´s, acudiremos ao Festival da Poesia e seguiremos fazendo política, organizando-nos pola independência e o socialismo como melhor vejamos, nom como nos dite a Audiência Nacional fascista espanhola desde Madrid, que é a onde se levam as/os companheir@s detid@s nestas operaçons terroristas. A SCDC é exemplo para toda a Galiza que queira defender a sua cultura, a sua comarca e o seu País.

Levamos séculos aqui…. (A Quenlla).