Na semana passada assistimos a um novo episódio repressivo contra a disidência política catalá. As acusaçons de desordem pública tinham a ver com a ocupaçom do caminho de ferro do AVE durante o aniversário do referendo do 1 de Outubro.

No dia dezasseis de janeiro quinze pessoas foram presas em Girona, entre as quais havia diferentes perfis: um fotojornalista, dous prefeitos, ativistas do CDR Girona e militantes das organizaçons: La Forja, Sindicat d’Estudiants e da CUP, numa operaçom da Polícia Nacional espanhola. O mandado de detençom nom fora ordenado polo tribunal de instruçom número 4 de Girona, que gere a causa, senom pola Brigada Provincial d’Informació de Barcelona (BPI) que, segundo o advogado Benet Salellas realizaria umha operaçom que nom estaria justificada: “porque nom houvo citaçons prévias, o delito nom tem suficiente gravidade e as pessoas presas tenhem domicílio conhecido”.

Ativistas do CDR de Girona sabotam caminho de ferro do AVE

Irregularidades no agir do corpo policial espanhol

Segundo o letrado, os mandados de detençom sem ordem judicial para informar dumha investigaçom som um facto inédito porque “para comunicar uns factos nom se pode privar de liberdade ninguém, a lei nom tem preceito algum que contemple essa possibilidade”, explicou e reiterou que o agir do corpo policial foi, neste sentido: “ilegal , ilegítimo, arbitrário e injustificado”.

Par além destas irregularidades, podemos acrescentar a gravidade que supom o mandado de detençom contra uma pessoa com diversidade funcional cognitiva, a dum foto-jornalista corretamente identificado e a do prefeito de Verges, Ignasi Sabater, que nem sequer estivera na sabotagem do caminho de ferro do AVE, facto que presumivelmente assinalaria o carácter político das detençons.

Vulneraçom de direitos linguísticos

O advogado de Ignasi Sabater, Benet Salellas, denunciou, aliás, que um polícia espanhol lhe negou a entrada à esquadra da Polícia Nacional de Girona. A razom dada polo agente para fechar-lhe o passo é que Salellas falou em catalám e que ele nom o entendeu.

A conselheira de Cultura, Laura Borras, dirigiu-se à delegada do governo espanhol, Teresa Cunillera, para pedir explicaçons e exigir que os direitos linguísticos dos catalans sejam garantidos.

Ofensiva contra os direitos civis e políticos

A organizaçom anti-repressiva ligada à esquerda independentista Alerta Solidária, assinalou que “as detençons som muito sérias, nom som um evento isolado e som umha nova operaçom inserida numha ofensiva repressiva contra direitos civis e políticos” e que “é umha operaçom política que quer perseguir a mobilizaçom popular”. Seu porta-voz, Xavi Pellicer, também apontou “os Mossos” como “cooperadores necessários para a detençom de ativistas e militantes do movimento popular”.

Praticas habituais contra a dissidência política na Galiza

Este tipo de irregularidades tenhem sido alvo de crítica por organizaçons para a defesa de direitos e liberdades como ESCULCA ou por organismos anti-repressivos como CEIVAR na Galiza, padecidas principalmente por militantes políticos independentistas e anarquistas.

Um dos objetivos que presumivelmente tenhem este tipo de açons, situadas nas margens da lei, é a criminalizaçom dos movimentos políticos anticapitalistas graças a cooperaçom dos média afins ao poder governamental espanhol que costumam agir como correias de transmissom das informaçons oferecidas polos corpos policiais, sem atender a princípios deontológicos básicos do jornalismo como é a necessária verificaçom da informaçom através de diferentes fontes.