Nuns dias nos que as reivindicaçons laborais dos carcereiros copam a actualidade mediática, resulta ainda mais difícil, se calhar, conhecer o que se passa ao outro lado dos muros sem passar pola versom do funcionariado de prisons. Porém, os abusos sucedem-se e, mais umha vez, atingem a presos independentistas galegos.

Segundo puido saber galizalivre por amizades do recluso, Hadriám Mosquera Paços, ‘Senlheiro’, estaria neste momento totalmente isolado no módulo 15 de Mansilha de las Mulas (Leom). Senlheiro estaria a sofrer a aplicaçom do artigo 75.1 do regulamento penitenciário, desenhado para punir atitudes que a direcçom da cadeia considera ‘faltas graves ou muito graves’. Embora se desconhece o incidente concreto que levou o preso a esta situaçom, si sabemos o regime de vida ao que está obrigado: vinte horas diárias de cela numha galeria com mais seis presos, e saída a um pátio de 20×8 metros, em completa soidade.

Este duro regime de vida, que organismos de defesa dos direitos humanos denunciam como vulnerador da dignidade e saúde mental dos presos e presas, fora também padecido durante longos meses por Roberto Rodrigues Fialhega, ‘Teto’, na prisom de Villanubla; Teto conseguira rachar o seu isolamento prolongado, em parte, graças à sostida campanha de denúncia do organismo Ceivar.

Seis anos trás as grades.

Mosquera Paços fora detido em Janeiro de 2013 numha operaçom contra a resistência galega nas redondezas de Compostela. Condenado por tença de explosivos na audiência nacional, foi um dos independentistas galegos que se desvinculou do Colectivo de Pres@s, e portanto das dinámicas de reivindicaçom que este mantém ao outro lado dos muros.

Apesar deste distanciamento, o Ministério de Interior seguiu a aplicar contra ele a dispersom (passou polos penais de Vilhabona, Valdemoro, e Mansilha de las Mulhas), o regime FIES e a negativa à concessom de permissos, o que evidencia a aplicaçom puramente ideológica do regulamento penitenciário.