Todas as novas levam-nos a pensar que toda melhora da tecnologia leva associada umha melhora na sociedade (aumento do bem estar, mais e melhor qualidade do nosso tempo livre, e por último umha felicidade, ou mais bem “felicidade artificial” com nós mesmos).

Custa-nos pensar e negamos-nos sequera o questionar, se toda mudança na nossa existência aumenta a nossa comodidade; mas no seu reverso diminui a nossa capacidade de pensar, de poder abstrair-nos e leva-nos cara umha vida programada: onde as nossas decisons topam a sua base no último whatsapp recebido, onde as notas do último exame chegam por SMS, e as últimas novas da tua equipa ou do que for visualizamo-las na casa com o nosso smarphone.

Nas nossas geraçons já nom vivemos o tu a tu, desconhcemos o que é baixar a rua e falar com o vizinho, o de interatuar com o que esta ao lado no bar tomando umha cerveja ou com qualquer pessoa que nos puidera achegar vivencias mais reais e emocionantes que o nosso iphone. É evidente que melhoramos a nossa comodidade e umha hipotética qualidade de vida, mas na procura de que? Que perdemos no troco? E se cada vez estamos deixando todo em maos de um mundo artificial? Criado por quem? E para que?

Nego-me a pensar numha sociedade na que cada vez que a vez que aumentam mais as ansias de viver pensando o mínimo, na que as cousas pasem por nós o mais rápido possível e sem pensar a melhor formula; tudo isto, é claro, acompanhado dum crescimento voraz do capitalismo. Tudo isto provocará que nos dirijamos cara umha sociedade autodirigida, com menos capacidade de pensar por sim mesma, mais egoísta e menos solidária. Que prefire pedir comida por umha app do telefone que baixar ao bar de abaixo, ver o partido de futebol da sua equipa através das cámaras que em direto porque fai frio, ou comprar roupa pola rede em vez de baixar às lojas da rua a prová-la.

Destruímos o nosso arredor em troca dum mundo artificial no qual temos progressivamente menos controlo. Quem sabe se ficaremos sometidos a ele?