Ainda que a mídia empresarial se preocupou nestes dias com banalizar e restar importáncia à ausência de medidas concluintes no Cúmio do Clima da Polónia, multiplicam-se as vozes de alarma sobre o rumo do Planeta. E se bem há nom muito tempo as chamadas de atençom sobre o colapso sistémico procediam apenas da intelectualidade crítica e dos movimentos revolucionários, doravante a consciência da crise expande-se. Neste mês de Dezembro, foi o conhecido naturalista David Attemborough, histórico documentalista da BBC, o que apontou um negro porvir de nom mediarem medidas radicais, segundo informou o jornal ‘The Guardian’. O cientista, responsável pola divulgaçom do amor ao mundo natural em várias geraçons de televidentes, secundou as teses mais críticas com a gestom capitalista da crise ambiental.

David Attemborough foi um dos centos de representantes congregados em Katowice em representaçom dos ‘povos do mundo’. Ainda que o objectivo era virar realidade os mirrados acordos climáticos de Paris de 2015, a sensaçom generalizada de irresponsabilidade e fraude domina a opiniom pública mais atenta.

Attemborough nom foi dos que se dedicou a pôr panos quentes : ‘o colapso dacivilizaçom e do mundo natural está já no horizonte’, manifestou o británico. ‘Enfrentamos um desastre de escala global causado polo ser humano, a nossa ameaça mais grande em milheiros de anos ; de nom nos decidirmos à acçom, o colapso das nossas civilizaçons e a extinçom de boa parte do mundo natural vam ter lugar.’

Attemborough evitou ambiguidades : ‘ficamos sem tempo. As gentes do mundo querem que vocês, os responsáveis políticos, actuem aginha. Líderes do mundo, conduzam esta mudança. A continuaçom das civilizaçons e o mundo natural do que dependemos está nas suas maos.’

Dados incontestáveis

Apesar dum forte-mas limitado- negacionismo da mudança climática, relacionado sobretodo com a extrema direita, os dados sucedem-se de modo cada vez mais incontestável. Os estudos mais recentes demonstram como os 20  anos mais cálidos do registo planetário tenhem acontecido nos últimos 22 anos; qualquer suba da temperatura global de mais de 1,5º nos vindouros cem anos teria consequências ‘imprevisíveis’, diz a comunidade científica. Mas mesmo de se cumprirem as medidas acordadas em Paris, parte dos estudiosos apontam que umha mudança por riba deste limiar é já inevitável.

Extinçom ?

Som palavras grossas as que começam a ser utilizadas por um amplo leque de posiçons políticas. De facto, e pola primeira vez na história, sem termos em conta religions apocalípticas, a palavra ‘extinçom’ figura nas consignas do movimento social.

Ante a nula intençomde medidas radicais de transformaçom do sistema social e económico, parte do movimento popular no mundo aposta pola acçom directa. No passado Novembro apresentou-se na Inglaterra com curtes de estrada o movimento ‘Extinction Rebellion’, projecto transversal que defende, através da desobediência, a pressom contundente à casta política e empresarial contra o dogma do crescimento. Segundo asanálises do seu manifesto, ‘a humanidade tem doze anos para tomar medidas contundentes e evitar assim o caminho para a extinçom.’