Coincidindo com o dia glogal de acçom contra o carvom, a plataforma Galiza, Um Futuro Sem Carvom, enquadrada na aliança europeia Europe Beyond Coal, fai um chamamento à mobilizaçom contra a energia produzida a partir deste combustível.

Desde esta plataforma, integrada por diferentes colectivos ambientalistas (ADEGA, Amigos da Terra, a Asociación Naturalista Baixo Miño, Asociación pola Defensa da Ría, Ecoar Global, Ecoloxistas en Acción, Feitoría verde, Ghichas Co-mando, Greenpeace, Nosa Enerxía, Petón do Lobo, a Plataforma contra a Mina de Touro – O Pino e Verdegaia), insiste-se na necessidade do feche de todas as centrais térmicas de carvom presentes na Galiza. Desde o manifesto da plataforma (que pode ser consultado na sua página web) lembra-se que a Galiza tem uns níveis de emissons de CO2 por habitante que superam a média da UE, mas que estas emissons correspondem em boa medida às cinco multinacionais energéticas (ENDESA, Naturgy, Alcoa, Repsol, FerroAtlántica) responsáveis dum 40% do total, representando tam só as centrais das Pontes e Meirama um 34%. Portanto, o feche destas duas centrais amostra-se como um grande chanço adiante no objectivo de eliminar as emissons de CO2.

A plataforma convocou onte às 11:30 umha concentraçom perante a central térmica das Pontes para exigir o feche planificado das centrais que garanta ao mesmo tempo umha reconverssom justa para as pessoas empregadas nestas instalaçons. Nesta mesma manhá (30 de Novembro), e como preâmbulo à jornada de amanhá, activistas de Greenpeace protagonizárom umha acçom com a escalada à central térmica de Meirama e a colacaçom de várias faixas referidas a estas reivindicaçons.

Umha ameaça mais que real
Os efeitos da mudança climática, no nosso país ou a nível global, já som mais do que evidentes. Os últimos episódios de seca, as vagas de incêndio, a chegada de furacáns a Europa, etc. ameaçam com ser recorrentes nos próximos decénios. A isto haveria que engadir os efeitos sobre a saúde da populaçom originados polo efeito combinado do aquecimento global e a poluçom (alergias, enfermidades das vias respiratórias, enfermidades derivadas da calor, etc.).

A própria oligarquia capitalista começa a ser consciente dos perigos derivados da mudança climática e assim por exemplo na passada quarta-feira a Comissão Europeia marcou-se o objectivo de que em 2.050 a UE reduza a 0 as suas emissons de gases de efeito estufa. Ainda mais o 2 de Dezembro começará em Katowice (Polónia) a COP-24, mais umha cimeira sobre a mudança climática na que se reunirám representantes da maior parte dos países do mundo para se fixarem novos objectivos. Fica por saber se, mais umha vez, se chegarám a acordos meramente cosméticos ou se, por contra, se dará verdadeiramente um passo adiante na limitaçom das emissons.

Alternativas ao carvom
As energias renováveis som, de seguro, umha das alternativas mais repetidas desde todos os sectores sociais e ideológicos. Porém, como vimos denunciando desde este medio, as promesas dum capitalismo verde, baseado em energias supostamente limpas, nom deixa de ser umha trampa ideológica. Assim empresas como Greenalia fomentam na prática o monocultivo de eucalipto ou a destrucçom das nossas paisagens com parques eólicos. Pretende-se impor um modelo virado de costas ao povo e que nom atende às suas necessidades, com medidas que impedem o autoconsumo ou os usos e aproveitamentos colectivos.

Mais umha alternativa é a representada polas teses do decrescimento. Nos últimos anos som muitas as pessoas que aderírom a estas teses, que proponhem umha reduçom controlada dos níveis de produçom e consumo a nível mundial, com o objectivo de acadar um novo equilíbrio entre a nossa espécie e o planeta.