Por Antia Seoane /

Enquanto se escrevem estas linhas está a ser retransmitido em direto um especial informativo onde se oferece o desfile militar do 12 de Outubro na TVG, em palavras da própria televisom, “com motivo da celebraçom do Dia da Festa Nacional”. Para a TVG a única Naçom é Espanha, cousa que mesmo contradize o primeiro artigo do Estatuto de Autonomia da Galiza. Os responsáveis do canal público já perderom a vergonha e nem dissimulam à hora de fazer apologia do espanholismo mais rançoso. Celebram o que deveria ser umha das maiores vergonhas da história da humanidade, pois foi a irrupçom violenta da voracidade europeia que levou ao espolio dum continente e ao início de umha massacre.

12 de Outubro, Dia da raça

O aniversário do dia em que o homem branco chegou a América é celebrado sacando às ruas de Madrid, mercenários, tanques e cabras. O ato, umha representaçom vergonhosa do poder militar do Reino de Espanha, é aproveitado também por organizaçons e partidos de ultradireita para fazer apologia do fascismo de jeito explícito. O momento é especialmente conflituoso para o espanholismo, quem se sente na obriga de reagir, devido à situaçom que se vive em Catalunha e que ameaça a unidade de Espanha.

Reaçons na Galiza

Enquanto Feijoo estava a festejar o dia da raça à beira do Rei, militantes de Galiza Nova celebravam um ato político em Compostela rejeitando a monarquia espanhola e reivindicando que na Galiza nom se celebre o 12 de Outubro. Logo da intervençom de várias pessoas da organizaçom nacionalista procedeu-se a prender-lhe lume a umha imagem de Filipe VI.

A dignidade galega: Dia da Galiza Combatente e cabodano dos assassinatos de Nebra

Em oposiçom à celebraçom da Hispanidade, o qual é promovido desde todos os médios polo Poder, os acontecimentos onde o povo trabalhador galego é o protagonista som silenciados sistematicamente.

Ontem foi o Dia da Galiza Combatente, dia no que o independentismo galego recorda a queda em combate das militantes do Exercito Guerrilheiro do Povo Galego Ceive, Lola Castro e José Vilar, quando preparavam umha açom contra as máfias do narcotráfico na Galiza. É este um dia em se rende homenagem a todas aquelas pessoas que com as suas vidas formarom parte da história da luita e da insubmissom do povo galego, que é ao mesmo tempo a história da dignidade e do orgulho do País.

Logo de ser qualificado pola justiça espanhola como um ato de enaltecimento do terrorismo, este ano 2018 apenas a organizaçom junvenil Briga organizou um ato com este motivo. Trata-se de umha homenagem à militante comunista Amada Garcia, ato que se celebra na Praça da Milagrosa, na cidade de Lugo, e que está inserida na celebraçom dumha nova ediçom da Escola de Formaçom de Briga.

Hoje também é o 102 aniversário dos assassinatos de Nebra a maos A Guarda Civil no transcurso dos protestos levados a cabo pola vizinhança de Porto do Som com motivo dum novo abuso contra as camponesas galegas em forma de tributo à atividade agrária. Aquele dia, membros do corpo armado dispararom contra as pessoas que protestavam e matarom a cinco e ferirom a outras trinta e duas. Haverá ato de homenagem às vítimas com umha oferenda floral e a apresentaçom no local vizinhal de Nebra do monográfico ‘Rebeldía Galega contra a inxustiza’ editado polo Sermos Galiza.