Por Jorge Paços /

O ano 2018 terá umha importáncia especial para forças diversas do movimento galego: celebra-se o centenário da I Assembleia Nacionalista de Lugo, cônclave que supujo um ponto de inflexom na história da afirmaçom da Galiza. Entre as organizaçons que popularizarám o acontecido naquele novembro na cidade das muralhas topa-se Causa Galiza, que neste sábado convoca em Viveiro um roteiro divulgativo guiado polo historiador Carlos Nuevo.

Segundo informa no seu web, Causa Galiza combina a reivindicaçom com a formaçom para dar a conhecer ao povo as figuras de Antom e Ramom Vilar Ponte, os dous irmaos viveirenses que tivérom um papel fulcral na organizaçom do primeiro nacionalismo explícito. Ambos os dous fôrom fundadores da primeira Irmandade da Fala, a corunhesa, e considera-se que foi Ramom, o mais novo dos irmaos, o que propujo a ideia de constituir tal entidade; corresponde também aos Vilar Ponte o mérito de promover ‘A Nossa Terra’, meio de comunicaçom galeguista fundamental no século XX. ‘Doutrina nazonalista’, escrita por Ramom, foi umha das primeiras obras doutrinárias do movimento, junto com as redigidas por Vicente Risco. Todos estes feitos decorrêrom na década de 20, na mesma altura na que o arredismo, liderado por Fuco Gómez, tece as suas redes na emigraçom havaneira.

História nacional e local

Carlos Nuevo Cal, cronista oficial de Viveiro, apresentará o roteiro aos e às assistentes desde a casa natal dos Vilar Ponte, para a continuaçom guiá-las polas ruas da vila. Nuevo tem debruçado em numerosas figuras da política e da cultura galegas da Marinha, estudando vultos tam significados como Lois Tobio, Leiras Pulpeiro, Maruja Mallo ou Noriega Varela. É também especialista na história do movimento obreiro da comarca

Memória combatente

Nom será o único acto de reivindicaçom da memória independentista nesta fim de semana. A organizaçom juvenil Briga, no contexto da sua Escola de Formaçom Anual, convoca umha concentraçom com motivo do Dia da Galiza Combatente na cidade de Lugo. Será na vindoura sexta feira 12 de Outubro, na Praça de Milagrosa, para homenagear a comunista ferrolá Amada Garcia. A jovem militante é umha das figuras capitais do movimento obreiro galego no primeiro quartel de século ; fusilada em 1938, dous dias depois de dar a luz em prisom, tem-se convertido num referente para as mulheres rebeldes, polo seu papel protagonista, naquela altura histórica, num movimento dirigido fundamentalmente por homens. A sua dignidade em circunstáncias terríveis tem-na convertido também num símbolo para a Galiza que luita.