Por Jorge Paços /

Trás a exitosa greve das trabalhadoras de Inditex na província de Ponte Vedra em 2017, os casos de exploraçom da conhecida transnacional dentro das nossas fronteiras alcançárom novo relevo. Neste mês de Setembro, as assalariadas de Lefties em Compostela decidírom-se a sair à rua com apoio da CIG.

A plantinha de Lefies concentrou-se na passada semana diante da loja de autocobro de Lefties na área comercial d’as Cancelas, para a continuaçom manifestarem-se polo interior das instalaçons. A reivindicaçom central das assalariadas tem a ver com a escasseza de pessoal nas lojas, que deriva numha cárrega de trabalho ‘difícil de aturar’ para as trabalhadoras. A instalaçom crescente de máquinas de autocobro em várias das lojas da multinacional na Corunha, com a conseguinte supressom de postos de trabalho, agrava ainda mais a ameaça de saturaçom.

Papel sindical

A instáncias do sincialismo nacionalista, representado pola CIG, as lojas de Lefties na província da Corunha repartírom entre as trabalhadoras inquéritos para analisar o estado de saúde psico-físico do pessoal. Transcorrido um ano do primeiro estudo, a representante da CIG no comité de empresa de Zara España assinalou que ‘a situaçom nom só nom seguia na mesma, senom que o risco era muito mais elevado’. A gravidade da situaçom levou a central a apresentar denúncias diante da Inspecçom de Trabalho e a continuar a sua denúncia sobre o ‘nulo investimento de Inditex na saúde e segurança das suas trabalhadoras’.

Impopularidade, denúncias, automatizaçom

O buque insígnia da burguesia galego-espanhola, permamentemente louvado pola mídia, acumula nos últimos anos denúncias de centrais sindicais e organismos em defesa dos direitos humanos. As denúncias transcendem através de webs alternativos e redes sociais, rachando parcialmente o silêncio que impom o monopólio da imprensa comercial.

Embora no início considerava-se que os abussos da empresa comandada por Amancio Ortega tinha lugar em latitudes afastadas, o trabalho sindical pujo de relevo que nom só na fase de produçom, senom na de comercializaçom, a procura imisericorde do lucro punha em causa o alegado ‘papel benéfico’ da multinacional.

Se a isto somamos que a aposta na automatizaçom também chega às lojas de Zara, que visam diminuir o número de assalariadas ao máximo, saturando de responsabilidades as que ficam, entenderemos que a legitimidade de Inditex se desgasta com o tempo.