Se no ano 2017 a prova clicista esquivou o nosso Pais, na ediçom de 2018 La Vuelta ciclista volveu a percorrer as estradas galegas. Nesta ocasiom, a organizaçom deste acontecimento desportivo reservou para Galiza duas etapas, mui longe, por exemplo, das 7 celebradas no ano 2016.

O dia 5 de Setembro a 11ª etapa arrancou desde a vila zamorana de Mombuey, próxima à comarca galega de Seabra e rematou em Luintra, na Ribeira Sacra. Ao dia seguinte a etapa arrancou de Mondonhedo e rematou no faro de Estaca de Bares logo de percorrer as comarcas da Marinha e Ortegal.

O ciclismo ao serviço da Marca Espanha

Como é habitual neste tipo de eventos, o Estado aproveita para fazer umha nova demonstraçom de utilizaçom política do desporto. La Vuelta, é umha fatoria de consciência nacional. Na criaçom das identidades nacionais de Europa ao longo dos séculos XIX e XX, pode apreciar-se que som apenas variantes dum modelo comum constituído por volta de diversos elementos, e entre eles, as paisagens emblemáticas, os monumentos históricos ou os eventos desportivos. La Vuelta, é um destes grandes eventos desportivos, mas conta com umha qualidade que nom tenhem outros desportos de massas, como o futebol, e é o feito de percorrer a geografia de todo o Estado, polo que o próprio evento desportivo incorpora também as paisagens emblemáticas e os monumentos históricos. Isto facilita a criaçom dum discurso audiovisual com capacidade de mostrar a “grandeza do território nacional”. Assim, com o uso de tomas aéreas desde o helicóptero mesturam-se as imagens da própria competiçom com imagens de paisagem e monumentos.

Este nacionalismo banal que impregna a retransmissom tem um interesse político evidente, o que unido a outros elementos –a língua utilizada é sempre o castelám e a derradeira etapa sempre remata em Madrid, remarcando que é lá onde se decidem todas as questons, as desportivas também– cria um relato homogéneo que buscar reduzir a naçom galega a umha simples regiom espanhola.

A oposiçom do independentismo galego

Se noutras ocasions o independentismo galego se mobilizou contra o passo desta prova polo nosso País para afirmar o carácter nacional de Galiza ante o espanholismo desta volta apenas a organizaçom juvenil Briga publicou um comunicado nas suas redes sociais onde manifesta que “além da mera competiçom desportiva fomenta-se que fiquem bem marcadinhos os limites que Espanha quer impôr para o seu projeto nacional. Onde querem deixar claro através desta prova desportiva o “caráter indivisível” deste e tentando reforçar essa Marca Espanha” Desde Briga também ponhem o foco sobre o carácter colonial das nossas infraestruturas: “competiçom para a qual se disfarça a aussência de infraestruturas dignas com apanhos de última hora só durante o passo garantir o passo da Vuelta, ficando esquecidas o resto do ano”.