David Rodríguez/

Aos republicáns hespañoes é preciso convencelos de que n-unha República unitaria, o lema Liberté, Egalité, Fraternité apenas sirve máis que para ser colocado na porta d-un cimeterio.
Alfoso Daniel R. Castelao

Há tempo que o nacionalismo espanhol está de volta, se é que algumha vez marchou. A agudizaçom das contradiçons provocada polo eterno problema sem soluçom que é Catalunha (Ortega y Gasset dixit), fam reemerger o espectro do espanholismo, que volta campar de jeito transversal, a direita e a esquerda, coa sua faciana mais feia; ao tempo que as costuras do Regime do 78 -esse endemismo espanhol que é a democracia sem antifascismo- racham por toda a parte (ou se calhar por iso).
Na estrema direita, assistimos à saída do armário de aguiluchos e senhores com braço em alto, com pretensom de serem ganhados por nada menos que três opçons políticas em liza (C´s, o PP de Casado e Vox); no socioliberalismo, vemos ao PSOE de Borrell (fichagem de Pedro Sánchez que cumpre interpretar no marco do tema catalám) laudatório co enésimo intento de branquear o passado opressivo e genocida do império espanhol: o mediático livro de Roca Barea sobre a “lenda negra”; nos discípulos alucinados de Gustavo Bueno, a tentativa de botar a cana de pescar, com argumentos semelhantes aos de Roca Barea, no rio revolto da esquerda espanhola à esquerda do PSOE, sonhando uns -veja-se o inefável Pedro Ínsua-, com umha Espanha que faga no século XXI o que França fijo no século XVIII, como se a Historia fosse umha teleologia e coma se os feitos nacionais “periféricos” que existem no Estado espanhol ainda se tratassem de fenómenos premodernos próprios de sociedades agrarias ágrafas e nom coetaneos e partícipes da era de Internet; ademais de pretenderem que o fracasso de nom atingir a arelada uniformizaçom através dumha ditadura feroz de 40 anos nom resultasse avonda mostra do que se necessitaria para levar a cabo essa fantasia. Outros -veja-se o nom menos inefável Santiago Armesilla- com umha mistura de nostálgia polo império espanhol perdido e a pretensom de incorporar essa historia, via comparaçom coa Unióm Soviética, à teoria dos grandes espaços de Alexandr Duguin, que em Espanha tanto lhe prestam ao podemita e ex Alianza Popular, Verstrynge.
Nas proximidades de todo isto, e nas inmediaçons desse peronismo que é o errejonismo (sem dúvida à espreita de tomar a casa podemita quando a parelha de Galapagar se retire via fracasso eleitoral), a nova tentativa -veja-se Clara Ramas- de explorar um nacionalismo espanhol de esquerdas, também na onda terceirista, que substitua o legado de Marx por umha concepçom do Estado como ente total, ao jeito de certa vulgarizaçom dum Hegel pro-prussiano, que tivo especial continuidade na estrema direita alemá de entreguerras: Jünger, Schmitt etc.
Em paralelo, e já na própria Catalunha, personagens como Francisco Frutos & cia, e a sua enésima tentativa de pôr a andar alá umha esquerda espanholista “nom nacionalista”, competem/colaboram em neolerrouxismo com as outras opçons do espanholismo de estrema direita já mencionadas para levar o gato à água do voto do antigo cinto vermelho do PSUC, vítima do esfarelamento do movimento obreiro.
Este rearme transversal do neoespanholismo (todos rigorosamente “nom nacionalistas”, obviamente), convive, em Galiza, com um mundo das mareas que, como os desenhos animados que seguem a caminhar polas caivancas quando já nom há chao debaixo deles, continua a apelar ao Castelao da Frente Popular sem mais argumentos que as meras imposturas intelectuais. Um Castelao recuperado no seu momento por Beiras cos objectivos claramente explicitados da ruptura coa segunda restauraçom borbónica e da autodeterminaçom das naçons do Estado naquele pacto de Maçarelos que, ata o de agora, e salvo que consideremos a pura supervivência nas instituiçons umha teoria, é a única teorizaçom digna de tal nome da linha política que segue esse mundo. Um pacto de Maçarelos, por certo, que, à vista dos acontecimentos, podemos já considerar semelhante a aquele Pacto de Lestrove assinado em 1930 por nacionalistas e republicanos galegos antes da criaçom da Fronte Popular, e que também fora atraiçoado polos assinantes dos partidos com base em Madrid, especialmente, segundo o rianjeiro, por Casares Quiroga (a que líder podemito-mareil poderíamos atribuir tal excelso antepassado político?). Mas um Castelao que hoje que à esquerda espanhola nom se lhe espera nem numha dessas tarefas nem na outra, o que cumpria era substituir polo Castelao que, no Sempre em Galiza, se laiava do unitarismo quase que congénito do republicanismo hispano, semelhante ao que existe no Modenero que nom quer saber nada de referendo de autodeterminaçom catalám ou no Echenique e demais hierarcas que apoiam a presença de Felipe VI na homenagem às vitimas do atentado islamista de Barcelona pola sua qualidade de “Chefe de Estado” de todos os espanhóis.