Por Ana Macinheira /

A dispersom penitenciária é mais umha cárrega engadida à condena que pagam os presos e presas políticas. Ainda que tem sido objecto de múltiplas análises, em poucas ocasions se reparou nos seus efeitos específicos nas mulheres militantes. Estas vivem a sua soidade em estabelecimentos penitenciários habitados e dirigidos massivamente por homens. Polo menor número de mulheres militantes reclusas -em relaçom aos seus companheiros do género masculino-, é habitual estas afrontarem as suas condenas em prática soidade : com poucas camaradas à sua volta, ou totalmente isoladas num contorno de presas sociais. A maternidade, um aspecto da vida que conleva especiais desafios em prisom, também se vê afectado polo facto da reclusom longe do domicílio e do contorno social.

No Estado Espanhol hai arredor de 320 pessoas que estám presas por causas políticas, militantes galegas, bascas e catalás, mas também militantes anarquistas e anti-fascistas, a pagarem condenas desorbitadas em cadeias a centos de kilómetros da sua casa, e nalgúns casos, como os bascos, também na França e Portugal.

Presas políticas bascas

No caso das mulheres, as 26 presas políticas bascas estam dispersadas em 18 prisons diferentes e a metade delas completamente soas no Estado Espanhol; a situaçom em França nom varia muito, as 11 presas que pagam condena nesse país estam dispersadas em quatro cadeias, algumha das quais nem sequer tem módulo para elas.

Da totalidade das presas, três delas vivem em prisom com a sua criança, da que serán separadas quando esta cumpla os dous anos, daquela passaram a formar parte das “nen@s da mochila”, que som as filhas e filhos das pessoas bascas que se atopam presas por causas políticas, e que tenhem que percorrer centos de kilómetros para estar duas horas ao mês coa sua mai, co seu pai, ou cos dous progenitores nalgúns casos.

Presas políticas anti-fascistas

Três som as mulheres que estam integradas no coletivo de presas e presos comunistas e anti-fascistas. Todas elas estam dispersadas a centos de kilómetros da sua casa, todas elas som galegas, vicinhas de Vigo e Corunha e estam dispersadas em Cáceres, Jaém e Valência. As três tenhem longas condenas e já estiveram previamente em prisom.

Presas políticas independentistas

Existiu um importante núcleo de presas arredistas galegas na década de 90, todas elas dispersadas. Na fase actual, fôrom duas as mulheres condenadas à cadeia polo seu compromisso galego : Xiana Gomes, pontevedresa já em liberdade, e Maria Osório, vizinha de Becerreá ; está presa em Mansilla de las Mulas. Hoje partilha módulo com umha presa política basca, a qual do dia 7 de setembro em diante ficará sozinha, desde que Maria sairá à rua depois de cinco anos e meio de prisom.

Nestes anos estivo dispersada em Soto del Real, Brieva, Villabona e Mansilla de las Mulas.