Por Xurxo Gomes /

Por que a sociedade galega e o nacionalismo, em particular, não são capazes de se unir para defender uns interesses mínimos comuns? Acabamos de desperdiçar outra opurtunidade de ir todos juntos na manifestação do dia da pátria passado, não faria falta ter descupa nenhuma para fazê-lo, mas este ano também a tínhamos, pois cumpriam-se 50 anos desde a primeira manifestação. Acho que não é um mal endêmico ou genético, como a história nos demonstrou, quando queremos juntamo-nos na luta, como nas Revoltas Irmandinhas ou mais recentemente noutro âmbito o Nunca Mais. Mas quando se trata da defesa política dos nossos direitos como povo, a união parece impossível, pela quantidade de partidos, associações, currunchos e currunchinhos que há no nacionalismo. E mais do que a diferença ideológica, que alguma há, é pelo postureio ou protagonismo “Carguite” preferem ser presidentx, secretárix, tesoureirx ou o que seja num grupo que a união do nacionalismo. Outra pata da mesa são as disputas pessoais que são dadas pela luta de carguinhos que levam a ruptura das organizações. Tudo por um minuto de glória, chegamos ao ponto de estarmos tão divididos que o final são dois ou três, ou no melhor dos casos, quatro ou cinco pessoas que tomam as decisões.

*Xurxo Gomes é membro da Assembleia Nacional Galega.