Por Wesam Khaled (traduçom do galizalivre) /

Encorajado polo apoio da administraçom Trump e da Arábia Saudita, Israel tem intensificado a sua agressom no Oriente Médio. O 10 de Fevereiro de 2018, foi abatido pola Força de Defesa Aérea da Síria um F-16 israelita uqe realizava um ataque aéreo na Síria. Israel alegou que o ataque veu em resposta à penetraçom do seu espaço aéreo por um drone iraniano e lançou mais ataques aéreos na Síria. Em declaraçons na Conferência de Segurança de Munique de 18 de Fevereiro, o primeiro-ministro israelita Benjamin Netanyahu, que está sendo investigado pola polícia por suborno, fraude e abuso de confiança, ameaçou com atacar direitamente o Irám, dizendo: «Agiremos se necessário, nom apenas contra o Irám». O Líbano também está na mira de Israel: umha autoridade occidental dixo que os ataques aéreos israelenses contra o Hezbollah no Líbano estám «sendo discutidos no mais alto nível».

Netanyahu tem um aliado no novo secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, que compartilha o compromisso de Trump contra o Irám e para acabar com o acordo nuclear iraniano. O acordo, adquirido em 2015 polos EUA, Reino Unido, Rússia, França, China, Alemanha e Irám, viu levantadas as sançons dos EUA contra o país em troca de limites monitorados sobre o enriquecimento de urânio do Irám. Enquanto os outros países signatários insistem que o Irám está cumprindo os termos do acordo e que nom pode ser renegociado, Trump está empenhado em ou bem mudá-lo ou bem desmantelá-lo. O antecessor de Pompeo, Rex Tillerson, defendera o acordo, o que foi umha razom que Trump citou para substituí-lo.

Juntamente com esta agressom contra o Irám, Israel acelerou o ritmo dos seus planos para anexar a Cisjordânia palestina ocupada desde 1967. O Likud, partido no poder em Israel, votou em Dezembro de 2017 a favor da anexaçom e a recente legislaçom israelense ajuda a preparar o cenário para encená-la. Em Fevereiro, Israel aprovou umha lei que pom três instituiçons académicas na Cisjordânia sob o controlo do Conselho Superior de Educaçom de Israel; estas tinham sido previamente supervisionadas por um corpo militar de ocupaçom. Posteriormente, Netanyahu dixo ao seu partido que Israel «agiria de forma inteligente» para secretamente estender a sua soberania civil na Cisjordânia, descrevendo-o como «um processo com consequências históricas».

Mais leis para pôr instituiçons cisjordanas sob controle civil israelense estám supostamente em fase de preparaçom. A ministra da Justiça, Ayelet Shaked, que descreveu a separaçom entre os territórios palestinos e Israel como «umha injustiça que durou 50 anos», instruiu às pessoas encarregadas da elaboraçom da nova legislaçom nacional em como ela pode ser aplicada na Cisjordânia. Em Março, um novo projecto de lei possibilitou que Israel expulsasse as palestinas que viviam em Jerusalém Oriental, que Israel também ocupa ilegalmente, por “deslealdade” ao Estado de Israel. Sem dúvida, a “deslealdade” será interpretada como oposiçom política ao Estado racista de Israel e às suas políticas anti-palestinianas; umha ampla rede com severas consequências para qualquer palestina presa nas suas malhas.

Enquanto isto, entre Janeiro e Fevereiro de 2018, Israel prendeu 1.319 palestinas em Cisjordânia e Gaza, incluindo 274 crianças, segundo a organizaçom palestina de direitos humanos Addameer. O 21 de março, Ahed Tamimi, umha manifestante palestina de 17 anos que se tornou um ícone do movimento de libertaçom palestino depois de ser acusado num tribunal militar por ter esbofeteado um soldado israelense, aceitou um acordo de oito meses de prisom e umha multa de 1.500 dólares. O tribunal militar conduziu o julgamento em segredo. Em contraste, Elor Azarya, um médico do Exército israelense que cumpre umha sentença de 14 meses por executar um palestino incapacitado nas ruas de Hebron, veu como o 19 de março um júri militar ordenava a sua libertaçom depois de cumprir dous terços da sua sentença.

*Publicado em Revolutionary Communist.