Por José Manuel Lopes Gomes /

A estratégia desmobilizadora fracassou, apesar do esforço mediático por transmitir a inutilidade da greve e uns supostos « custes insoportáveis » da luita do sector. Nas assembleias do dia de onte, celebradas nas cidades, 836 votos derrotárom os 746 favoráveis a assumir o compromisso de USO, CCOO, UGT e CSIF. O papel dos sindicatos nacionalistas foi chave para frear a proposta cozinhada pola Junta e as burocracias espanholas.

Com quase três meses de luita nas suas costas, muitos pensavam que o esgotamento iria rematar com os ánimos mobilizadores, mas nesta ocasiom a firmeza prevaleceu. CIG, CUT e STAJ considerárom que o acordo assinado às suas costas « traiçoava o conjunto do pessoal mobilizado ».

Doravante, por mandato das assembleias, os sindicatos voltarám à mesa negociadora, quando as condiçons se produzirem, com a última das ofertas apresentadas polo comité de greve, sem aceitarem rebaixa nenhuma. O aumento salarial de 300 euros anuais segue a ser umha das reivindicaçons fulcrais, como também o é a compensaçom ao conjunto das e dos trabalhadores por todos os dias de greve.

Representantes da CIG chamárom a atençom sobre os importantes obstáculos que a posiçom mais consequente tem que afrontar nestes dias : umha é a beligeráncia mediática, com umha produçom de notícias contínua adicada a deslegitimar a acçom sindical, com o argumento de as centrais combativas « nom procurarem na verdade nenhum acordo » ; umha outra, o bloqueio das burocracias sindicais espanholas à dinámica assemblear. Segundo denunciou a CIG, estas chegárom a mobilizar delegados de outros sectores, alheios à greve, para condicionar as votaçons.