Por Ana Macinheira /

Los que mueren por la vida no pueden llamarse muertos,

y a partir de este momento es prohibido llorarlos

que se callen los redobles en todos los campanarios,

vamos cumpa carajo…!”

Alina Sánchez, combatente latino-americana da Unidades de Protecçom das Mulheres (YPJ) do Curdistám, faleceu no passado 17 de março num acidente de carro. Conhecida naquela terra como Lêgerîn Çiya (a traducçom sería “a doutora que procura”), nascera no ano 1986 muito longe de ali: na Argentina. Depois de licenciar-se em medicina, estudos que cursou em Cuba, transladou-se a combater ao Curdistám, “cresceu na cultura da revoluçom” e por isso “foi que se uniu à revoluçom de Rojava” , dim as suas companheiras da YPJ num comunicado que fixérom público na sua memoria.

Fôrom numerosos os actos de despedida a esta joven internacionalista, no seu país, Argentina, o Grupo de Educaçom Popular Panos em Rebeldia adicava-lhe as seguintes palavras, “marchache a onde senias que havia que estar, sem cálculos, sem grandes proclamas, com umha humildade enorme, a Meio Oriente, ao norte Síria, ao Curdistám. Tam longe estavas e porém tam perto, entranhavelmente, construindo futuro no confederalismo democrático curdo, curando espanto nos hospitais, casas, ruas, criando consciência, formando-nos e formando-te à par”.

Alina era umha militante internacionalista, feminista e anti-capitalista, “criou as pontes para entendermos que o patriarcado capitalista livra umha guerra mundial contra as mulheres e contra os nossos povos, e que mundial é a resposta que precisamos realizar. Fronte às suas guerras mundiais, multiplicamos a forçaa das nossas revoluçons internacionalistas”, em palavras de Claudia Korol, quem conheceu a Lêgerîn.

As suas companheiras das YPJ despediam-na dizendo “se é preciso, convertiremos os nossos corpos em escudos contra o sistema da tirania para levar a realidade os sonhos dos companheiros martirizados que luitárom coa filosofía da emancipaçom das mulheres. Aumentaremos a nossa luita até o fim contra o sistema que considera que o massacre de mulheres para defender o seu poder é um direito. Prometemos umha vez mais que marcharemos no caminho d@s noss@s camaradas. A camarada Lêgerîn nunca morrerá, ela sempre vivirá na nossa luita”.