Por Ana Macinheira /

Milhares de pessoas saírom à rua o passado domingo para “transformar a vida das mulleres”; “estou aqui porque me considero feminista e como mulher galega, que participo das convocatorias polos direitos das mulheres, nom podía faltar a esta tam importante de todo o feminismo galego na minha cidade. Parabenizo-me de ver tanta moça nova”, comenta-nos Luisa.

Umha auténtica maré lilá ocupou as ruas de Vigo na manifestaçom prévia à Greve do 8 de março, convocada polo feminismo a nível internacional “eu participo nesta manifestaçom porque é preciso todas nos visibilizarmos. Neste dia, é importante que todas as vozes das mulheres berrem alto e claro que estamos fartas deste sistema capitalista-patriarcal. Fartas e cansas de que se nos discrimine e que se nos mate. Participo a nível pessoal porque quero IGUALDADE e quero lembrar as companheiras que já nom berram ao nosso carom pola lacra da violência machista”, conta-nos Cristy, e engade Porque quando imos pola rúa temos que aturar de todo? Galanteios, que nos saquem a bailar, que nos toquem… nom queremos passar mais medo pola rua, e non queremos ser escravas de ninguém. Queremos ser ceives!”.

Segundo as convocantes, 30.000 fôrom as pessoas que secundarom a manifestaçom, entre elas estava Merce, acompanhada pola sua filha de 6 anos Suévia, “eu estou hoje aqui porque quero que minha filha seja consciente da luita de tantas mulleres. Que saiba e crea que poder ser o que ela quiger”.

O 8 de março paramos todas

Na próxima quinta-feira as mulheres do mundo estaremos levando adiante a primeira Greve de mulheres Feministas. Pararemos a producom, pararemos os cuidados, pararemos o consumo, pararemos de estar caladas e juntas tomaremos as ruas do país, “é um salto muito grande da luitas das mulheres polos nossos direitos, sobrepassa a ideia “tradicional de direitos laborais, atinge todos os ámbitos da vida privada e pública, que em definitiva, som todos políticos”, afirma Luisa.

O feminismo fixo um chamado à Greve de 24 horas, porem algumhas centrais sindicais convocam paros de duas horas, e outras convocam todo o dia, “eu como filiada a un sindicato que convoca paros sinto-me decepcionada. Sinto que nos seguem a tratar como a sujeitos de segunda que precisam ser guiados. Gostaria de saber nas mesas nas que se decidiu fazer parons quantos homes e quantas mulheres havia sentadas” comenta Mercedes, e engade “aliás estam a confundir à gente, coa sua propaganda estam mandando mensagens confusas às trabalhadoras que até duvidam de se podem fazer greve de 24 horas”.

Contodo, as três afirmam que a greve é necessaria, que a secundarám e que participarám das concentraçons que teram lugar nesse dia nas ruas das vilas e cidades do país. “Nom existe a igualdade entre homes e mulheres. A fenda salarial, a violência machista quotidiana e mediática, o domínio do home branco cis, sobre a mulher. Somos as que sempre cuidamos, trabalhamos e compracemos calidinhas, e creio que iso rematou. Hai que continuar o caminho que já abrírom as primeiras feministas, o caminho da luita, de nom ficar caladas, de estar ao mesmo nível que os homes, nom queremos que se nos tome por objectos sexuais. nom queremos que se nos toque e non queremos que se nos mate” di-nos Cristy, sem nós o mundo para-se! Encorajo a todas as mulleres a o 8M pararem para verem o necessárias que somos!”

*Cristy Tojo é mestra de karate e formadora em auto-defesa feminista.

*Luisa Cuevas é militante internacionalista, feminista e anti-capitalista.

*Mercedes Martinez está no paro e é mai de umha nena e um neno.