Por P. Fernandes Pastoriça /

As comparaçons entre Turquia e o Reino de Espanha som frequentes e nom incorrem no exagero. Ambas as duas democracias tuteladas que mirram até confundirem-se com o fascismo que se acobilha no núcleo duro dos Estados. E ambas também respostadas por forças rupturistas que pagam com repressom a sua afouteza. Nuriye Gülmen e Semih Özakça, dous mestres e militantes, venhem de dar umha liçom ao mundo ao porem todo o seu corpo como ferramenta de denúncia da tirania.

Nuriye Gülmen e Semih Özakça anunciárom aos meios o final da sua greve de fome ; mantivérom-na durante 324 dias, após serem expulsos do seu trabalho com motivo do estado de excepçom de finais de 2016.

Ambos os dous som mestres e militantes comunistas. No passado dia 26 punham fim ao seu duríssimo protesto, pouco depois da Comissom do Estado de Excepçom se negasse a reingressá-los nos seus postos.

Assim se exprimiam diante do mundo ao rematarem a acçom sostida durante quase um ano : « Amamos a nossa resistência, amamo-la deveras. Cada dia que passava, nós sentiamo-os mais libertados. O povo espera pola história dumha verdadeira rebeliom, pola de aqueles que nom se rindem. A resistência apareceu para proteger o nosso honor ; esta resistência resgatou o nosso honor ». Essas fôrom as palavras de Gülmen, de todo incompreensíveis para a linguagem calculista da política e para a esquerda especulativa.

Nuriye Gülmen, que se mantivo em greve de fome desde que foi expulsa do seu posto a seguir a tentativa de golpe de 2016, foi condenada no passado 1 de Dezembro ; acusárom-na de pertença a umha organizaçom de esquerda revolucionária, embora o tribunal decretou a sua libertaçom até a resoluçom do recurso.

Nuriye, de 35 anos, foi sentenciada a seis anos e três meses de cadeia por ser membro do ilegalizado Partido Revolucionário para a Libertaçom do Povo (DHKP-C), que a Turquia e os seus titores imperiais (UE e USA) riscam de « terrorista ».

Gülmen tinha sido hospitalizada antes do juízo, pois a sua saúde enfraquecia-se aceleradamente trás sete meses subsistindo com auga, cha, e um chisco de açúcar e sal.

O mestre de primária Semih Özakça tem 28 anos, e foi acusado de delitos semelhantes. O tribunal de Ankara também o libertou no passado Outubro a espera do juízo, a condiçom de ele levar um localizador permanente no nocelo.

Ambos os dous fôrom detidos em Maio e encarcerados até o começo do seu juízo em Setembro; os obstáculos padecidos fôrom tantos, que dias antes dos mestres serem levados ao tribunal, a acusaçom emitiu mandados de detençom contra os seus advogados.