Por Antia Seoane /

A central sindical CIG vem de dar a lume um estudo sobre os ingressos salariais do ano 2016, elaborado polo seu gabinete de economia (pode consultar-se integramente nesta ligaçom) a raiz dos dados publicados pola própria Agência Tributária espanhola.

Segundo os dados que se extraem do informe, mais do 30,8 % das pessoas assalariadas nom atingiu o SMI (salário mínimo interprofissional), é dizer que no ano 2016, concretamente 312.093 pessoas tiveram que sobreviver cumha media de 3.959,89 euros anuais. Esta cifra descendeu em quase 100 euros desde o ano 2009, sendo este o único tramo de salário (as pessoas que ganham menos do salário mínimo) onde aumentou o número de pessoas assalariadas.

Ademais desta precarizaçom, os dados também mostram umha polarizaçom entre as pessoas assalariadas na Galiza que aumentou desde o ano de 2009, incrementando-se a diferença entre os percentis superior e inferior.

Números enganosos
Desde o ano 2009, o salário médio reduziu-se em 73 euros anuais, passando de 18.217 a 18.144 euros o que unido à inflaçom acumulada neste período (de mais de 11 puntos) supom umha reduçom do poder aquisitivo de mais do 10 %.

Mas neste punto compre nom esquecer-se também do enganoso do concepto de salário médio. O nome leva a muita gente a fazer-se à ideia de que o salário médio é o salário mais habitual o qual nom é certo (este concepto chama-se moda) ou mesmo que é o salário que separa a metade da populaçom que mais ganha da metade que menos ganha, o qual tampouco é certo (este concepto chama-se mediana).

Assim, esclarecidos os termos, e tendo em conta os percentis usados no estudo mencionado para dividir por tramos de salários, a moda seria o salário compreendido entre cero e a metade do SMI já que há 183.106 pessoas nesta situaçom e a mediana seria entre 1,5 e 2 vezes o SMI.

Análise dos dados
Por setores, o mais precários é o sector ‘serviços pessoais e lazer’ com um salário médio que apenas chega aos oito mil euros, e também o único sector que aumento o seu peso. Outra consequência da turisficaçom do País, que como anunciávamos neste portal há apenas umhas semanas, superou por primeira vez o limiar dos 5 milhons de turistas.

Quanto às diferenças salariais entre homens e mulheres, a diferença segue a manter-se praticamente a fenda salarial, onde a pequena reduçom na diferença de salários foi devido a umha precarizaçom dos homens e nom só a umha melhoras nas condiçons laborais das trabalhadoras.

Por faixas de idade, a gente moça é a que mais está a sofrer, o qual explica a elevada taxa de emigraçom juvenil.

A soma de todos estes dados, resulta numa situaçom de precariedade crescente e consolida-se a figura do trabalhador pobre, aquela pessoa com trabalho, mas que este nom é suficiente para sair da pobreça. Como se pode apreciar, muitos dos problemas que sofre Galiza estám relacionados entre sim: turisficaçom, emigraçom, precariedade laboral, pobreza, avelhentamento…