Por Ana Macinheira /

Na tarde de ontem manifestavam-se em Bilbo 95.000 pessoas, convocadas pola rede cidadá Sare, para exigir o fim da dispersom penitenciária e o respeito dos direitos fundamentais dos presos e presas políticas bascas. Foi um «nom rotundo a umha política penitenciária, que fai dela umha ferramenta de odio e vingança», afirmavam os convocantes.

À cabeça da manifestación situárom-se as carrinhas de Mirentxin, que levam fim de semana trás fim de semana as familiares e amigos dos presos e presas às diferentes cadeias. Cada umha das carrinha levava escrito num cartaz os kilómetros que hai até a cadeia à que se deslocam todas as semanas. Esta iniciativa solidária já leva vários anos funcionando e é um soporte importante para as famílias, que dessa maneira vam acompanhadas até as prisons e nom se obrigadas a conduzir sós, com os nervos e canseira que isso supom.

@s nen@s da mochila

A manifestaçom, como é ja habitual, abrirom-na familiares das pessoas presas, mas nesta ediçom, eram @s mais pequenas as que iniciavam a marcha. As nenas e nenos da mochila, as 113 filhas dos presos e presas.

No Domingo passado, emitiu-se em Euskal Telebista umha reportagem sobre elas, sobre como lhes afecta a dispersom e as conseqüências que tem tal situaçom nas suas vidas. Assím, durante 54 minutos Garikoitz, Maddi, Malen, Adur, Amaiur, Hize e Haizea achegam-nos à sua realidade e ao que supom para elas e eles ter ao seu pai, a sua mai ou a ambos os dous encarcerados a centos de kilómetros da sua terra. A reportagem tivo tanta audiência que foi pendurada no youtube e foi traduzida com subtítulo a vários idiomas, entre eles o galego.

Por trás das nenas iam os familiares dos presos gravemente doentes Txus Martín, Ibon Iparragirre ou Ibon Fernandez Iradi.

Os Estados nom se movem. Cumpre fazê-los mover”

Na manhá de ontem filtrava-se a nova de que a França achegará os presos e presas políticas bascas num breve prazo. Os achegamentos produzirám-se “nas vindouras semanas, caso por caso». Pouco depois da filtraçom, tanto os “artesaos da paz” como o governo de Lakua confirmavam a nova.

A nova foi acolhida com grande satisfacçom.

O Governo Espanhol ainda nom se pronunciou sobre o assunto.

Pres@s polític@s galeg@s

A política de dispersom mantem também afastados da sua terra a várias presos políticos galegos. No caso dos independentistas, iniciarom umha campanha fai cerca de um ano para exigir o seu direito a serem transferidos a umha prisom em território galego, tal e como recolhe a própria legislaçom penitenciária espanhola.

Ocanha, Topas, Duenhas, Mansilla e Villabona som as prisons nas que se atopam, obrigando às suas familiares e amizades a deslocarem-se durante longos trajectos de carro ponhendo em perigo as suas vidas, e com a cárrega engadida que supom para a pessoa presa.