Por elterritoriodellince (traduçom do galizalivre) /

Toda a gente está a olhar para o Irám. Erro. Fica bem, mas desvia a atençom. Os de sempre dizem-nos que cumpre olhar o dedo, quando o que cumpre ver é o sol.

Ensarilhados com o Irám nom vimos que o Banco Central Europeu vendeu 500 milhons de dólares “para agregar o yuan chinês às suas reservas estrangeiras”. É umha cantidade cativa, justamente o 1% das reservas do BCE. Mas é a primeira vez que se fai, e é um reconhecimento claro do papel cada vez mais importante do yuan no ámbito internacional. Isto nom quer dizer que a Europa amortecida desaloxe o dólar como moeda de reserva principal no curto prazo, mas si que a porta se abriu e assinalou-se um vieiro para outros países poderem percorrê-lo, com o que a diversificaçom de reservas chanta um outro prego no caixom da hegemonia occidental, neste caso a económica.

O BCE fai este movimento mesmo duas semanas antes de china pôr em andamento o petro-yuan, que se vai fazer no vindouro dia 18 em Shanghái. A China é, nestes intres, o principal importador de petróleo do mundo, polo que esta medida vai permitir os compradores chineses fixar os preços do petróleo e pagar em moeda local.

A China leva a trabalhar neste sistema, que no logo prazo vai ser mortal para o dólar, desde o ano 2012, e vai parelho à conversom do yuan em ouro nos mercados de divisas de Shanghái e Hong Kong. Quer dizer, que desde o dia 18 de Janeiro a China vai evitar totalmente o dólar estadounidense nas suas transacçons de petróleo.

A China vai contar com o apoio da Rússia (principal fornecedor dos chineses) e de outros países como a Venezuela…e o Irám. E este é um dos componhentes a levarmos em conta na hora de analisarmos o que acontece neste país, e o por que da encandescência dos Estados Unidos, Israel e a Arábia Saudita com os protestos. E lembro-vos que em Dezembro se anunciou que no vindouro mês de Fevereiro o Irám irá fazer parte da Uniom Económica Euro-Asiática.

De feito, este ano 2018 encetou-se com umha nova espectacular: a Rússia e a China a anunciarem, no dia 1, que se começara a exportar a China petróleo através do oleoduto Sibéria-Pacífico. Este oleoduto apenas atravessa terras russas e chinesas, polo que nom é possível boicotá-lo.

Através dele vam chegar à China até 220 milhons de barris de petróleo ao ano, que se vam processar em refinarias chinesas. Isto afiança ainda mais o papel da Rússia como fornecedor de petróleo da China, muito por riba da Arábia Saudita e da Angola. Se a situaçom ficava clara no 2017, doravante vai esclarecer-se ainda mais.

Nos Estados Unidos fala-se já abertamente em “recessom geopolítica”, porque o mundo está a “latejar com várias correntes que ponhem em risco a orde dominada polos Estados Unidos”, como vem a reconhecer a nova Estratégia de Segurança Nacional de Trump.

*Versom completa publicada originariamente em elterritoriodellince.