Por Ana Macinheira /

No serao de onte, o feminismo galego congregou centos de pessoas nas ruas de diferentes cidades do país para protestar mais umha vez mais contra a violência machista, polo assassinato de Diana Quer, umha moça de 18 anos desaparecida em agosto de 2016, quando voltava para casa depois de sair de festa na Poboa do Caraminhal. O agressor e assassino de Diana nom foi o seu companheiro ou excompanheiro, por isso ela nom aparecerá na listagem oficial de assassinadas por violência machista.

Os dados do arrepio

No ano 2017 registárom-se 98 feminicídios no Estado Espanhol; 48 das mulheres mortas fôrom assassinadas pola sua parelha ou exparelha, este seria o dado reconhecido oficialmente. Dentro dessas 98 também se contabilizam as criançaas, 11 nen@s forom assassinad@s polo seu pai, com idades comprendidas entre 1 e 11 anos e 27 nen@s ficárom orf@s.

Desde o ano 2010 ao 2017 registárom-se 884 feminicídios (fonte: Feminicidio.net) no conjunto do Estado Espanhol, dos quais som oficiais 446 assassinatos por serem perpetrados pola sua parelha ou exparelha.

Um problema de mulheres

A violência machista “nom é um problema de mulheres, senom um problema de Estado, porque há umha cultura machista estendida que nos condiciona e nos mata”, afirma o comunicado lido ontem ao remate das concentraçons.

Que iria acontecer se assassinassem um deputado à semana, no canto de a umha mulher? Como iria reagir o governo se fossem 98 banqueiros os assassinados em 2017? Que medidas se iriam tomar se ao longo de 2016 fossem 105 polícias os assassinados? Por que a violência machista nom está a ser tratada como um problema político e de Estado?

Somos as mulheres cidadás de segunda?

*Os dados manexados fôrom tirados de feminicidio.net.