Por José Manuel Lopes Gomes /

Com as ruas alumadas com a decoraçom natalícia desde o mês de Novembro e governos locais a esbanjar recursos públicos com motivo das festas, nom parece que a Galiza encare estas datas com motivos de regocixo. O consumo desmedido, na sua maior parte de produtos inecessários e de curtíssima vida, volta a protagonizar umhas festas mais apegadas ao puro comércio que a nenhum valor solidário ou familiar. Tampouco os indicativos económicos, que a imprensa do regime utiliza para legitimar qualquer despropósito, nos falam de maior prosperidade.

A Galiza, como o conjunto do Estado espanhol, entra em cinco semanas de autêntica vorágine comercial: ao Natal seguirám-lhe as rebaixas, mais umha estratégia da mercadotecnia capitalista para nos manter atados à compra permanente. Porém, e segundo reconhecem fontes oficiais, este desbaldimento nom traz melhora nenhuma para as classes populares: apenas o 25% dos contratos natalícios e de rebaixas irá prolongar-se além das datas em questom. Para a multinacional dos contratos lixo Adecco, sectores especialmente vulneráveis seguirám dependendo destes trabalhos estacionais: mocidade, parados e paradas de longa duraçom, trabalhadores de mediana idade e mulheres precarizadas que procuram complemento salarial.

Em termos gerais, e se seguirmos as cifras de Adecco, a Galiza baterá registos de contrataçom desconhecidos desde 2009, nomeadamente na faixa atlántica.

Novos sectores.
O aumento da contrataçom irá dar-se no comércio, no transporte de mercadorias e na hotelaria; sem embargo, o novo fenómeno do comércio electrónico está a a incrementar o peso relativo e absoluto de dedicaçons laborais específicas, caso dos e das informáticas, empacotadoras, carretilheiros ou moços de armazém.

Sindicalismo nacionalista adverte da miragem.
Fram Cartelhe, responsável do emprego pola CIG, negou-se nestes dias a partilhar o optimismo empresarial, advertindo de que os e as trabalhadoras temporários enfrentarám ‘jornadas maratonianas’ para poderem atender a febre consumista destas semanas. Para Cartelhe, a campanha natalícia da que se gava o governo do PP é apenas um “bluff” que aplica práticas neoliberais. Embora se contratem os sectores vulneráveis, a central nacionalista afirma que isto é a custo de “promover a mao de obra barata e do fomento da concorrência à baixa”.

Mesmo as corporaçons espanholas CCOO e UGT, seguidistas de maneira mais ou menos explícita do produtivismo capitalista, chamam a desconfiar da propaganda política que a direita governante realiza com motivo do auge da contrataçom.