Por Ana Macinheira /

No ano 2006, no distrito de Bundelkhand (estado de Uttar Pradesh) no norte da India, nasce o movimento Gulabi Gang (Banda rosa) da mao da activista feminista Sampat Pal Devi, “nunca entendim porque as mulheres devíamos ocupar-nos das tarefas do lar, comer depois dos homes e nom poder ir à escola: por isso decidim fundar a organizaçom”, afirma.

O nascimento de Gulabi Gang

Sampat Pal presenciou como um homem malhava na sua esposa, quando lhe exigiu que parasse este atacou-na a ela também. Ao día seguinte, Sampal apresentou-se na casa do homem acompanhada por outras cinco mulheres armadas com caiados de bambu, e arrearom-lhe umha malheira em resposta à sua agressom do dia anterior às duas mulheres.

A “banda rosa” nasceu cumhas 25 mulheres de entre 40 e 60 anos, hoje em día som já umhas 400.000 guerreiras, na sua grande maioría provenhem de zonas rurais pobres do Estado de Uttar Pradesh, mas também as há noutros lugares da India.

Caracterizam-se polo sari rosa que levam como uniforme e pola sua arma, um lathi (caiado de bambu), que nom duvidam em utilizar frente as agressons físicas, “defendemos a auto-defesa sempre que o considerarmos necessário. Nom somos violentas, mas há ocasions nas que nom nos deixam outra alternativa” e engade ” se me atacam, protejo-me. Nom sei pôr a outra meixela” .

Contra a violência machista, Gulabi Gang, nom só utiliza o lathi, senom que empregam diferentes métodos. Começando por usar a palabra, “a nós nega-se-nos educaçom e desconhecimos os nossos direitos durante muito tempo. Quando umha mulher precisa ajuda, vou à sua casa e falo com ela, informo-a dos sus direitos. O nosso objectivo é aos poucos se sentir mais forte e capaz de enfrentar o seu marido”; e se isto nom funciona, recorrem a outros métodos: assinalar e ridiculizar, tratar de persuadir ao agressor, ensinar às mulheres a empregar o lathi para se defenderem… E é que quando já nom hai alternativa, o machismo combate-se a paus!