Por P. Fernandes Pastoriça /

O Estado francês olha em fite para Córcega e, de esguelho, a Catalunha. Com efeito, a dirigência francesa advertiu que mesmo umha vitória ‘autonomista’ na Ilha iria ser motivo de preocupaçom para a França: “começam pedindo um Estatuto, como acontece com os cataláns, e olhe você onde remata a exigência”, manifestou um destacado político. Vistos os resultados do nacionalismo insular, a preocupaçom está fundada.

Os nacionalistas da lista Pè a Corsica, liderada por Gilles Simeoni ultrapassaram amplamente a resta de candidaturas nesta primeira volta das eleiçons acadando Un Paese da Fà (coaligaçom entre autonomistas e os independentistas de Corsica Libera) o 46,7% dos sufrágios exprimidos com a participaçom de mais da metade do censo eleitoral que acudiu no passado Domingo aos comícios. Outra lista, Core in Fronte agrupando independentistas de esquerda e antimafias , nucleada arredor de U Rinnovu engadiu os seus 6,5% do total para o computo final do movimento nacionalista corso com o que é garantida umha solida maioria absoluta de apoios para os coletivos e partidos que conformam o devandito.

234 000 eleitores e eleitoras corsas foram chamados para escolherem entre as e os candidatas /os neste momento de clara acumulaçom de forças do movimento de libertaçom, logo do cessar –fogo unilateral feito pelo FLNC –UC de 2014 , a vitória da mesma coaligaçom nas passadas regionais de 2015 e o sucesso renovado das legislativas hexagonais deste Junho onde a maioria das e dos deputadas/os que ganharom nas circuncriçons insulares concorriam por candidaturas nacionalistas.

Em jogo, os 63 assentos da nova Assembleia Territorial da Córsega , que verá a luz neste Janeiro substituindo os dous anteriores conselhos departamentais em que o colonialismo francês dividira administrativamente á indômita ilha mediterrânea.