Por José Manuel Lopes Gomes /

Nom podemos falar já de surpresa, senom de confirmaçom. Numhas semanas nas que assistimos a apologias públicas do franquismo com motivo do 20-N, ao descobrimento de comentários inxuriosos na polícia municipal madrilena, ou à denúncia de maus tratos nas prisons por parte do Comité de Prevençom da Tortura, mais umha nova ratifica a regressom em andamento: o Tribunal Constitucional vem de suspender o ingresso em prisom dos ultras espanhóis que assaltárom em 2013 a livraria Blanquerna na capital do Reino.

Embora o Tribunal Supremo agravara as penas impostas pola audiência provincial, desde que entendeu que a violência tinha ‘motivaçom ideológica’, agora o Tribunal Constitucional confirma a luva de seda do Estado espanhol com os seus defensores mais exaltados.

Como é sabido, no 11 de Setembro de há quatro anos, um grupo de extremistas espanhóis atacou a representaçom em Espanha do governo catalám, agitando bandeiras da Falange e intoxicando os e as assistentes a um acto cívico com gás pementa.

Por tal delito foram condenados a quatro anos de prisom; frente o tratamento penal que sofrem dissidentes independentistas e esquerdistas, os fascistas espanhóis nom tivérom que ingressar em prisom preventiva. Quase um lustro depois dos feitos, a suspensom da condena, coincidindo com o encarceramento de dirigentes cataláns a protagonizarem mobilizaçons pacíficas, deixa Espanha em evidência perante o mundo.

Ultras seguem a imprensa comercial.
Ainda transcendeu mais um exemplo da ósmose entre os meios e poderes da chamada democracia e as tropas de incontrolados que complementam o trabalho das burocracias estatais. No dia de hoje, o Sindicato de Trabalhadores do Ensino do País Valenciano denunciou destroços nas instalaçons da escola de primária Orba, de Alfafar. O ataque nom é azaroso, senom que este centro foi assinalado por Antena3 como um dos colégios onde o catalanismo praticava ‘adoutrinamento’; em linguagem nom retorcida, como um dos colégios que leccionam conteúdos relacionados com a língua, a cultura e a história do seu território.

Trata-se de mais um caso de ataques a centros educativos cataláns, como os registados no Principado em dias passados; no País Valenciano, militantes nacionalistas fôrom agredidos por nazis nos actos do passado 9 de Outubro, que recordam a queda do sul dos Países Cataláns baixo as tropas borbónicas.