Por Antia Seoane /

Apenas um ano depois de asumir o cargo, morre de forma súpeta José Manuel Maza, o Fiscal Geral do Estado mentres se atopava de viagem em Bos Aires. Conhecido pola sua ideologia espanholista e conservadora, mesmo para ser juiz, já que foi um dos impulsores e portavoz nos anos 90 da Unión Judicial Independiente, umha associaçom de juízes e magistrados de ultradereita.

Fiscal contra o independentismo
Responsável da vaga repressiva contra o independentismo catalao a raiz da celebraçom do referendo do 1 de Outubro e da Declaraçom Unilateral de Independência, chegou a declarar que o referendo fora “umha insurreçom e um levantamento violento”.

Começou a sua cruzada contra o independentismo com a orde de investigar a Artur Mas e demais responsaveis da consulta 9N celebrada em 2014. Logo apresentou querelas contra os presidentes de Òmnium Cultural e da Asemblea Nacional Catalá, Jordi Cuixart e Jordi Sánchez respetivamente, o que provocou a sua entrada em prisom, e continuou actuando contra o chefe dos Mossos d´Esquadra e também contra os alcaldes independentistas que apoiaram o referendo.

O último que fixo antes de morrer foi presentar as querelas contra o presidente de Catalunha, Carles Puigdemont, os 13 consellers do Govern e contra a presidenta do Parlament, Carme Forcadell e cinco membros da Mesa do Parlament, provocando a entrada em prisom de varios deles e o exílio de Puigdemont a Bruselas. As querelas fôrom polos delitos de sediçom, marversaçom e rebeliom, sendo este último delito mesmo questionado pola maioria dos juízes, já que apenas é de aplicaçom a quem se levante “violenta e publicamente”, algo que nom aconteceu no Procés. Isto prova que estava disposto mesmo a retorcer a lei espanhola para impor a sua vontade política.

Sempre do lado dos poderosos

Se é conhecido pola raiva com a que actuou contras os líderes e dirigentes independentistas catalás desde que foi nomeado Fiscal, nom há que esquecer a sua actuaçom noutros processos judiciais.

Durante o seu periodo de 14 anos no Tribunal Supremo foi um dos juices que condenou o juiz Baltarsar Garzón polas escoitas do caso Gürtel, o que se pode considerar um ajuste de contas pola sua iniciativa de investigar os crimes do franquismo, de feito, foi o único juiz que votou em contra da absoluçom de Garzón por este caso.

No seu dia também votou em contra da liberaçom de vários presos de ETA pola anulaçom do caracter retroativo da doutrina Parot e que já cumpriram a condena.

Por último compre lembrar que em maio deste ano foi reprovado por umha maioria ampla do Congresso espanhol por incumprimento grave das suas funçons ao entenderem que favorecia e protegia deliberadamente a membros do Partido Popular que estavam implicados em causa judiciais.