Marcos Garrido/

Cerca de um cento de pessoas, principalmente labregas e labregos dedicados à pequena produçom agroecológica, acudírom ao chamado do Sindicato Labrego Galego o passado fim-de-semana na ilha de Sam Simom. Durante dous dias discutiu-se da situaçom em que se desenvolve este movimento social.

Cultivar num contexto hostil

A inauguraçom do fórum correu a cargo de Isabel Vilalba, secretária-geral do sindicato, que se ocupou de pormenorizar as agressons mais recentes ao mundo rural por parte das instituiçons, nomeadamente o Estado espanhol e a Uniom Europeia. Especial fincapé fijo na aprovaçom do tratado de livre comércio entre a UE e Canadá (CETA), a autorizaçom à indústria agroalimentar de cobrar um imposto aos produtores pola patente de sementes, ou a aprovaçom da Lei de Fomento de Iniciativas Empresariais.

Porém, salientou também a vitalidade que manifesta o movimento agroecológico, como patenteia a riqueza de experiências reunidas em Sam Simom, e que cobre todos os espaços e ópticas, da produtora à comercializadora, da militante à académica.

Achegas da Universidade

Do ámbito académico participárom várias professoras e investigadoras. A primeira, a basca Mirene Begristain, trasladou aos assistentes os resultados dos seus trabalhos (teóricos, mas também em primeira pessoa como produtora de umha cooperativa) sobre as condiçons de viabilidade de pequenas exploraçons agroecológicas. Umha compilaçom destas conclusons, por certo, está disponível em pdf nesta ligaçom, publicado por ENEEK.

Na jornada do domingo a própria Mirene impartiu um obradoiro sobre a formaçom de preços, assunto de difícil resoluçom em produçons pequenas, sugerindo diversas técnicas de contabilidade de custos.

Ativismo

Também participárom ativistas comprometidas com o movimento, que explicárom projetos que aspiram a alargar o espaço da agroecologia na sociedade e em particular na alimentaçom da gente. Entre outros, os numerosos grupos de consumo, mas também iniciativas como as que demandam que a “compra pública” de alimentos se forneça prioritariamente no ámbito local, ou os nascentes Sistemas Participativos de Garantia (SPG) que certificam a produçom agroecológica de forma autogerida.

Diversidade de produtores

O encontro serviu também para visibilizar a heterogeneidade do movimento, tanto a nível generacional, como cultural, de escala e de mercados. Nas palestras apresentárom-se projetos veteranos, precursores da agricultura ecológica na Galiza, com umha produçom relativamente grande e bons canais de comercializaçom, pertencentes ao oficial CRAEG, que brigam com as dificuldades e travas impostas pola lei e a fiscalidade espanhola e europeia. Também estivérom presentes representantes de produtores de pequena escala e baseados na economia informal e nos sistemas de confiança direta, que à sua vez relatárom as dificuldades que experimentam no seu modo de vida.