Por Jorge Paços /

Fôrom mais de trinta as localidades galegas -incluídas povoaçons da faixa oriental- que saírom à rua contra os lumes seguindo a convocatória do Comité em Defesa do Monte Galego; as mobilizaçons apontárom a direta responsabilidade do PP na desfeita ambiental em andamento e pedírom umha nova política florestal nom dependente da monocultura eucalipteira.

Milhares de pessoas, com siginificativa participaçom juvenil e simbologia independentista, que fixérom lembrar cenas semelhantes de há quase quinze anos, quando o País se unira contra as marés negras agravadas pola negligência espanhola.

Em Compostela, a cena era própria dumha manifestaçom nacional, com vários milhares a ateigarem a Praça da Quintana; fôrom também multidons, em cifra pouco habitual, as que percorrêrom as ruas de cidades como Ourense, Lugo ou Ponte Vedra. Vilas médias como Ribeira, Cambados, ou o Barco tivérom os seus próprios actos.
Em todas elas, idêntica simbologia: um ‘Nunca mais’ recuperado, e bandeiras patrióticas enarboladas por moços e moças. Em todas elas se ouviu o berro de ‘Feijoo demissom’, e em todas elas se chamou a tentaçom contra o pano de fumo erguido pola extrema direita espanhola para tirar de enriba toda responsabilidade polo lume. Com o aparelho de propaganda oficioso, a TVG, em crescente deslegitimaçom (o comité de empresa já pede a cabeça do diretor geral polo seu tratamento manipulador da crise), as redes sociais volvêrom a jogar o papel de convocantes e difusores espontáneos das convocatórias.

E agora que?
Com ainda quinze incêndios da máxima gravidade ativos, e com alguns dos nossos templos naturais profanados polo lume (caso dos Ancares ou a Serra do Iríbio) o PP continua a sua política habitual de deixar que o conflito arrefrie para retomar o controlo da sua rede de súbditos, esperando que as ruas se baleirem e a resignaçom volva a reinar no País.

Até o de agora, e como há três lustros na luita contra o chapapote, foi a populaçom auto-organizada a que salvou casas e vidas do lume, mas veremos o pouso que deixa tal experiência.

Para conhecermos até que ponto esta crise ambiental aponta umha crise política, teremos que aguardar os vindouros dias, e ver qual é o arraste mobilizador que a manifestaçom contra a ‘Lei de Depredaçom’ tem no Domingo 22.