Por Jorge Paços /

Decorrêrom dezasseis anos desde que a organizaçom NÓS-Unidade Popular instaurara o 11 de Outubro como Dia da Galiza combatente. A organizaçom política decidira entom unificar a homenagem às e aos caídos pola nossa Terra numha única data, aproveitando que esse fora o dia em que os guerrilheiros Lola Castro e José Vilar morriam acidentalmente numha acçom contra o narcotráfico.

Várias forças políticas, coletivos anti-repressivos e organizaçons juvenis resgataram desde entom o recordo dos galegos e galegas com actos de rua e discursos políticos; a mais recente, Causa Galiza, que sofreu a detençom de nove militantes por um suposto ‘enxalçamento do terrorismo’ num comício nesta data em 2015. A política espanhola de terra queimada inclui extirpar a memória.

Várias celebraçons, um propósito.
Durante mais dumha década, as diferentes expressons do independentismo fixeram desta particular cita com a memória um compromisso obrigado. Palestras, ediçom de brochuras e propaganda por todo o país lembraram (por citarmos alguns exemplos) Lola e José, Reboiras, Bóveda, Henriqueta Outeiro, Benigno Alvares…mas também empresas e acometimentos coletivos, como o papel das mulheres na luita galega, o compromisso das fugidas e fugidos, ou a luita nos cárceres. Em ocasions, a data aproveitou-se para homenagear revolucionários internacionais, ponhendo-os em relaçom com a causa galega.

Umha volta de porca.
Desde o começo da perseguiçom aberta da liberdade de expressom por parte da Audiência Nacional, o Dia da Galiza combatente pujo-se no alvo. Concentraçons que habitualmente eram filmadas, ou das identificaçons sistemáticas das pessoas participantes, passou-se à consideraçom direta de ‘delito’. Assi, um dos fundamentos da ‘Operaçom Jaro I’, que levou à ilegalizaçom de Causa Galiza por um ano, foi um suposto ‘enxalçamento do terrorismo’ por se lembrarem na Alameda compostelana as figuras de Lola Castro e José Vilar. Umha nova tentativa de banir o independentismo da rua, atacando as suas celebraçons anuais e proibindo-as de facto.
Resta por ver se a liberdade de acçom puramente formal da que goza o independentismo na Galiza permite a celebraçom normalizada dumha data já referencial. No entanto, propaganda anónima comemorando o Dia da Galiza combatente salvando a censura tem aparecido já em distintos pontos do País.